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terça-feira, 23 de abril de 2013

PCP quer «pôr fim à putrefação» e à «baixa política» do Governo

Comunistas exigem a demissão do executivo liderado por Passos Coelho e a convocação de eleições antecipadas

O PCP condenou esta terça-feira aquilo que considera ser a «putrefação» e «jogos de baixa política» da coligação governamental PSD/CDS-PP, reiterando a necessidade de demissão do executivo e convocação de eleições legislativas antecipadas, por respeito à «esmagadora maioria dos portugueses».

«O triste espetáculo que tem sido oferecido aos portugueses, de um Governo a cair aos bocados, com secretários de Estado em fuga ou vindos do BPN, com os partidos da coligação envolvidos em jogos de baixa política para sacudir a água do capote, é bem revelador de um estado de putrefação política a que urge pôr fim», afirmou o deputado comunista Bernardino Soares, no final das suas jornadas parlamentares, em Viana do Castelo.

O líder parlamentar do PCP, em conferência de imprensa no Castelo de Santiago da Barra, ampliou as críticas aos polémicos contratos de risco (swap) do setor empresarial do Estado, as diversas medidas adotadas pelo Governo naquela região do Alto Minho, designadamente nos Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo (ENVC), e o «pacto de agressão», acordado pelos «partidos do denominado arco da governação com a troika».

«Hoje mesmo, o Governo tem montada mais uma operação de propaganda com o chamado Conselho de Ministros extraordinário para a política económica e reindustrialização», alertou, considerando que «a notícia de que o Governo tem uma política económica para o desenvolvimento é manifestamente exagerada».

Bernardino Soares anunciou que os deputados comunistas vão agendar um debate potestativo no Parlamento sobre «política alternativa indispensável para inverter o declínio nacional» e pretende que o ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, «responda de forma cabal e rigorosa» às dúvidas que pairam sobre o processo de privatização dos ENVC, na audição que está prevista para 30 de abril, na Assembleia da República.

«Sabemos que o presidente da República é o primeiro defensor do Governo e um seguidor destas políticas. E estranhamos que, de algumas semanas a esta parte, a exigência de eleições antecipadas tenha desaparecido do discurso do PS», apontou o parlamentar do PCP, quando questionado sobre quais as suas perspetivas de demissão do Governo no atual quadro político.

O PCP, ainda segundo o seu líder da bancada no Parlamento, vai ainda apresentar projetos no sentido de melhorar as «regras de atribuição, duração e montantes do subsídio de desemprego e subsídio social» e de «criar um subsídio social de desemprego extraordinário que, durante os próximos três anos, garanta que nenhum trabalhador, mesmo esgotado o período de atribuição, (...) fique desprotegido».

«O atual Governo PSD/CDS-PP, como zeloso executor das exigências de uma troika que se comporta como uma potência ocupante, lançou o país na crise mais profunda de que há memória em democracia. Política antinacional e antissocial, falta de cultura democrática», criticara antes Bernardino Soares.

=TVI24=

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