Governo
recua e decide manter o pagamento do subsídio de férias nas datas habituais.
Adiamento para Novembro apenas abrange quem ganha mais de 1100 euros por mês.
Ministério
das Finanças recua e decide manter o pagamento do subsídio de férias nas datas
habituais
Os trabalhadores do Estado, reformados e pensionistas com
rendimentos inferiores a 600 euros por mês vão receber um dos subsídios já em
Junho e Julho, tal como estavam à espera. A medida afecta perto de dois milhões
de reformados e trabalhadores.
A decisão
consta de um diploma enviado nesta terça-feira aos sindicatos e contraria a
intenção inicial do Ministério das Finanças (divulgada pelo Jornal de Negócios),
que pretendia adiar para Novembro o pagamento do subsídio de férias de todos os
trabalhadores e reformados, incluindo os que tinham rendimentos mais baixos e
que nem sequer eram afectados pela decisão do Tribunal Constitucional.
De acordo com a proposta, quem tem
salários ou pensões até 600 euros recebe o subsídio de férias (a que se
convencionou chamar agora subsídio de Natal) em Junho ou Julho, tal como
estavam à espera. O subsídio de Natal (que formalmente se designa subsídio de
férias) é pago mensalmente por duodécimos.
Quem tem rendimentos entre 600 e
1100 euros por mês – e que este ano deveria receber apenas uma percentagem do
subsídio férias – receberá essa percentagem em Junho e Julho e o restante no
mês de Novembro. Continuará a receber o outro subsídio em duodécimos.
No caso dos aposentados e
reformados com rendimentos acima de 1100 euros, receberão 10% de subsídio em
Junho e os restantes 90% serão pagos em Novembro. Os funcionários públicos e
trabalhadores de empresas do Estado con salários acima deste valor e que
este ano deveriam perder um dos subsídios, só verão a decisão do Tribunal
Constitucional cumprir-se em Novembro.
O Tribunal Constitucional chumbou
os artigos do Orçamento do Estado para 2013 que impunham cortes no subsídio de
férias dos trabalhadores do sector público, reformados e pensionistas,
obrigando o Governo a repor os montantes cortados.
Contudo, como refere o preâmbulo
do diploma, o cumprimento dessa obrigação não era "financeira nem
tecnicamente exequível no curto prazo", pelo que o Governo teve que
encontrar uma forma de contornar essa situação. Assim, convencionou chamar ao
subsídio de Natal, que já estava a ser pago em duodécimos, subsídio de férias.
Por seu turno, o subsídio de férias passou a designar-se subsídio de Natal e
será pago a uns trabalhadores e pensionistas em Junho e Julho e a outros em
Dezembro.
=Público=
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