Associação
recusou estar presente nas cerimónias comemorativas no Parlamento.
Vasco
Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril
A Associação 25 de Abril manifestou esta terça-feira a sua
“indignação” sobre a falta de uma justiça “rápida e eficaz” quanto ao
envolvimento de pessoas com responsabilidades na economia e finanças em
“processos fraudulentos de milhares de milhões de euros” e pediu para os
partidos expulsarem militantes que estejam envolvidos em crimes de corrupção.
Num
comunicado enviado às redacções, a Associação 25 de Abril apontou a “ausência
de acções concretas para penalizar os autores desses crimes”, depois de referir
o envolvimento “em vários processos fraudulentos, de milhares de milhões de
euros, de pessoas com mas mais altas responsabilidades em diversos sectores da
economia e das finanças da nossa sociedade, muitas vezes oriundos dos aparelhos
partidários e tendo desempenhado as mais elevadas funções no Estado português”.
Nesse sentido, a Associação
presidida por Vasco Lourenço reclama junto dos partidos políticos “a todos sem
excepção” para que “façam tudo o que estiver ao seu alcance para denunciar e
expulsar das suas organizações todos quantos hajam tomado parte em práticas
corruptas”.
Sem nunca se referir a casos
concretos, a Associação considera que as situações em que agentes do poder se
aproveitam de situações em proveito próprio “configuram, sem a menor dúvida, um
enorme e muito grave descrédito dos representantes políticos, um logro à
confiança cidadã e um desprestígio" para o país.
Reconhecendo que os partidos são
elementos “essenciais ao funcionamento democrático”, a Associação defende que
“só com a sua elevação ética e regeneração poderá a classe política recuperar o
prestígio perdido e a sua representatividade moral”. “Sem isso, a democracia,
tal como a entendemos, será uma mera ficção!”, concluiu.
=Público=
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