Constança
Cunha e Sá diz que «discurso partidário» de Cavaco Silva no 39º aniversário do
25 de Abril marca «rutura com o PS»
Constança
Cunha e Sá diz que o discurso do Presidente da República sobre o 39º
aniversário do 25 de Abril marcou uma rutura com o Partido Socialista.
A
comentadora defendeu, na TVI24, que as palavras de Cavaco Silva, na sessão solene no
Parlamento, «sancionaram totalmente a encenação [à volta do consenso com o PS]
que o Governo tem tentado ensaiar nos últimos tempos». Para Constança Cunha e
Sá, ao proferir um «discurso partidário» de austeridade, em que se colocou do
lado da troika e do Executivo, Cavaco Silva fez «cair por terra» a
«magistratura ativa» que sempre apregoou.
«É uma situação inédita. Eu nunca vi nenhum Presidente da República suscitar um coro tão amplo e tão expressivo de críticas em toda a oposição», afirmou a comentadora, a propósito da reação dos partidos da esquerda ao discurso de Cavaco Silva.
No espaço de comentário nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá classificou o discurso de Cavaco Silva como capaz de mudar o atual cenário político, na medida em que o Presidente da República perdeu a autoridade para poder falar acima dos partidos.
«O Presidente, enquanto moderador da situação política portuguesa, morreu aqui. Ele, neste momento, não tem espaço de manobra. Tendo rompido com o Partido Socialista, que margem de manobra é que o Presidente da República tem agora para fazer aquilo que ele, no fundo, quer fazer que são os consensos? (...). E isto vai-nos fazer muita falta. (...) Nós estamos a viver uma crise política. Era fundamental ter um órgão institucional que se sobrepusesse aos partidos e que fosse respeitado pelos partidos de forma a poder exercer aquilo que ele chama uma "magistratura ativa". Esta magistratura ativa hoje caiu por terra», defendeu.
«O que nós vimos é um Presidente da República completamente impotente, que se autolimitou durante estes dois anos em todos os seus poderes e que, neste momento, em vez de contribuir para o consenso, contribuiu exatamente para a divisão. (...) Ficou criada aqui uma situação de verdadeira crise política, em que não há nenhum elemento aglutinador que possa fazer as pontes entre os diversos partidos. (...)», acrescentou.
«É uma situação inédita. Eu nunca vi nenhum Presidente da República suscitar um coro tão amplo e tão expressivo de críticas em toda a oposição», afirmou a comentadora, a propósito da reação dos partidos da esquerda ao discurso de Cavaco Silva.
No espaço de comentário nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá classificou o discurso de Cavaco Silva como capaz de mudar o atual cenário político, na medida em que o Presidente da República perdeu a autoridade para poder falar acima dos partidos.
«O Presidente, enquanto moderador da situação política portuguesa, morreu aqui. Ele, neste momento, não tem espaço de manobra. Tendo rompido com o Partido Socialista, que margem de manobra é que o Presidente da República tem agora para fazer aquilo que ele, no fundo, quer fazer que são os consensos? (...). E isto vai-nos fazer muita falta. (...) Nós estamos a viver uma crise política. Era fundamental ter um órgão institucional que se sobrepusesse aos partidos e que fosse respeitado pelos partidos de forma a poder exercer aquilo que ele chama uma "magistratura ativa". Esta magistratura ativa hoje caiu por terra», defendeu.
«O que nós vimos é um Presidente da República completamente impotente, que se autolimitou durante estes dois anos em todos os seus poderes e que, neste momento, em vez de contribuir para o consenso, contribuiu exatamente para a divisão. (...) Ficou criada aqui uma situação de verdadeira crise política, em que não há nenhum elemento aglutinador que possa fazer as pontes entre os diversos partidos. (...)», acrescentou.
=TVI24=
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