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segunda-feira, 1 de abril de 2013

«NO DIA UM DE ABRIL»


“Sua excelência o Primeiro-Ministro de Portugal, em colaboração com sua Excelência o Senhor Presidente da República, como prova das boas relações institucionais existentes, tem a subida honra de comunicar ao país que terminaram já os tempos austeros, que o salário mínimo sobe para os 750 euros mensais, isento de qualquer imposto, que levantará o estado de emergência económico-social e que acatará servilmente toda e qualquer decisão do Tribunal Constitucional.”

Deste modo, prova que nunca se poupou a esforços para poder proporcionar o melhor e o mais adequado nível de vida aos cidadãos nacionais, e que tudo fará para que de agora em diante, todos se sintam felizes e satisfeitos no seu país.

Aliás, tem a suprema honra de anunciar que baixarpã os preços dos combustíveis de forma drástica, baixarão os preços dos bens essenciais e que ninguém mais poderá queixar-se de qualquer tipo de austeridade.

Mais faz anunciar que, todas as pensões de reforma, seja do sector público ou do privado, e até ao limite máximo de dois mil euros mensais, ficarão isentas de qualquer imposto normal ou suplementar, o que fará com que todos possam viver sem qualquer sobressalto.

Na sua ânsia de bem tratar a cidadania, manda que se anuncie também que o RSI sofrerá um aumento de 75% - o que também já fez saber quer à troika quer à Senhora Merkel e a Durão Barroso – e que mais benefícios estão a ser estudados no sentido de tornar o povo português num povo alegre e feliz, sem ter de fazer contas à vida sempre que se vê obrigado  a despender uns cêntimos para fazer face ao custo de vida.

Como havia sido anunciado pela troika e pelo próprio governo que lidera, o Senhor Primeiro-Ministro sente-se no dever de mandar anunciar que Portugal se encontra, efectivamente, no Bom caminho!

PS: Serão enviados, aos órgãos de comunicação social, todos eles, comunicados para que sejam amplamente divulgados, anunciando ter chegado ao fim o regime de austeridade e do custe o que custar, e também que vai dar liberdade de voto a toda a moção de censura que possa vir a ser apresentada na Assembleia da República.

a)     – Portugal tinha de mudar e o Senhor Primeiro-Ministro tudo fez para o conseguir.

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