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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Portugal atravessa 'suicídio nacional'


O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse na segunda-feira no Funchal que Portugal atravessa "um suicídio nacional" e um "embuste" e defendeu que o Estado não pode ser reformado sem uma mudança constitucional.

"Nós estamos a viver uma espécie de suicídio nacional. Eu vejo nos entusiastas que falam de reforma do Estado quererem mudar este estado de coisas em que mergulhámos, mas sem mudar o regime político. Isto, para mim, é que é absolutamente fraudulento, não se pode mudar o Estado sem mudar o regime em que assenta este mesmo Estado", defendeu Jardim, num discurso durante o jantar da Associação dos Industriais da Construção Civil da Madeira (ASSICOM).

"O que se anda a vender, o embuste que se está a fazer neste país é no sentido de dizer ‘vamos fazer uma reforma do Estado’, disse o governante, acrescentando que “uns não querem mesmo reformas, outros que falam em reforma do Estado não querem tocar no regime para que tudo continue na mesma à custa de algumas alterações".

"O que é grave neste momento é falar-se em reforma do Estado e, ao mesmo tempo, não se perceber que só pode haver reforma do Estado passando por duas coisas - uma revisão da Constituição e pela manutenção do Estado social, que seja séria", sustentou.

Para Alberto João Jardim, "não há uma reforma do Estado sem uma revisão constitucional, não se reforma um Estado sem se mexer nas leis fundamentais e há que manter o Estado social, que só é possível se a sociedade estiver empenhada, sabendo que tem as suas garantias".

Jardim defendeu também a necessidade de uma "maior autonomia politica" para a Madeira.

"Não há futuro para a Madeira se não dermos um salto de uma autonomia maior de, pelo menos, termos nas mãos a capacidade legislativa para fazer as leis que nos interessam, nomeadamente no âmbito económico e, sobretudo, no campo fiscal", alertou.

O presidente da ASSICOM e também secretário-geral do PSD/Madeira, Jaime Ramos, acreditou, por seu lado, que em 2013, se vai “dar a volta a toda esta traição e destruição que a Europa e a República fizeram e fazem a todos os madeirenses e portossantenses".

Lusa/ SOL

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