O seu prestígio, a sua força de emanação e
brilho através do mundo, Portugal não os deve apenas à riqueza da sua
literatura, aos seus pintores e artistas, às ideias ousadas e frequentemente
generosas dos seus filósofos.
Deve-os igualmente e sobretudo aos seus
exploradores, seus marinheiros, seus missionários, aviadores, aos seus sábios e
inventores, aos seus engenheiros e arquitectos, a todos os que que fizeram dele
uma nação civilizadora.
Recordando a história de Portugal, certamente
recordar-se-ão nomes que permanecem nos mais recônditos cantos da memória
colectiva ou individual.
Vale a pena fazer notar que Portugal sempre
suscitou, quer se tratasse da exploração do planeta ou da descoberta
científica, de vocações à vez diferentes e complementares.
Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Eça de
Queirós, Garret ou Camilo, enquanto Egas Moniz oferecia o primeiro Nobel ao
país, como todos aqueles que abriram novos mundos ao mundo, sem esquecer aquele
que ofereceu ao mundo Os Lusíadas num poema digno de todos os Homeros, Camões,
como Brito Capelo se notabilizou no continente africano, e tantos outros que
enalteceram o nome de Portugal fazendo que em todo o mundo seja conhecido.
Que é feito desse esplendoroso Portugal da
antanho? Que têm feito dele todos esses políticos da treta, que fazem com que o
nosso país seja apenas reconhecido pelo trabalho de todos os emigrantes que,
reconhecidamente, são os melhores trabalhadores do mundo?
Que graças recebem dos políticos, desses que
pensam que eles sim, são os representantes do país e que são quem melhor o
dignificam enquanto prestam vassalagem a líderes estrangeiros que deles e de
nós se aproveitam e gozam?
E toda essa juventude que se viu obrigada a
ir procurar lá fora o que lhe negam no seu país? E que tão bem o representam,
com toda a sua inteligência e conhecimentos, que vão para além do que
aprenderam nas universidades?
Assim, não existe um único domínio, seja
prático ou teórico, que diga respeito ao progresso científico ou à emancipação
humana, onde Portugal não tenha levado uma larga contribuição.
E, sim, tudo isso prova hoje que vale a pena
ter e manter orgulho de ser português, sem qualquer réstia de “chauvinismo”,
que é preciso que seja feita justiça a todos os que elevam bem alto o nome de
Portugal que, com eles na primeira linha das potências mundiais, Portugal pode
manter-se tranquilo acerca do seu futuro, recordando aos homens todo o
expelendor do seu passado, mas também do presente.
E que, sobretudo, se hoje está tão mal
colocado, isso se deve apenas a todos esses políticos corruptos e desmiolados
que pretendem fazer de Portugal um país onde a nova escravatura se pode
implementar livremente e que todos os neo-esclavagistas serão por eles
aplaudidos.
Gente sem entranhas e sem o mínimo de
dignidade, que adora impor apenas mais austeridade a uma sociedade composta por
verdadeiros mártires da ditadura, mas que hoje já não admite que quem quer que
seja lhe ponha a pata em cima.
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