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terça-feira, 2 de abril de 2013

«PORTUGAL NO MUNDO»


O seu prestígio, a sua força de emanação e brilho através do mundo, Portugal não os deve apenas à riqueza da sua literatura, aos seus pintores e artistas, às ideias ousadas e frequentemente generosas dos seus filósofos.

Deve-os igualmente e sobretudo aos seus exploradores, seus marinheiros, seus missionários, aviadores, aos seus sábios e inventores, aos seus engenheiros e arquitectos, a todos os que que fizeram dele uma nação civilizadora.

Recordando a história de Portugal, certamente recordar-se-ão nomes que permanecem nos mais recônditos cantos da memória colectiva ou individual.

Vale a pena fazer notar que Portugal sempre suscitou, quer se tratasse da exploração do planeta ou da descoberta científica, de vocações à vez diferentes e complementares.

Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Eça de Queirós, Garret ou Camilo, enquanto Egas Moniz oferecia o primeiro Nobel ao país, como todos aqueles que abriram novos mundos ao mundo, sem esquecer aquele que ofereceu ao mundo Os Lusíadas num poema digno de todos os Homeros, Camões, como Brito Capelo se notabilizou no continente africano, e tantos outros que enalteceram o nome de Portugal fazendo que em todo o mundo seja conhecido.

Que é feito desse esplendoroso Portugal da antanho? Que têm feito dele todos esses políticos da treta, que fazem com que o nosso país seja apenas reconhecido pelo trabalho de todos os emigrantes que, reconhecidamente, são os melhores trabalhadores do mundo?

Que graças recebem dos políticos, desses que pensam que eles sim, são os representantes do país e que são quem melhor o dignificam enquanto prestam vassalagem a líderes estrangeiros que deles e de nós se aproveitam e gozam?

E toda essa juventude que se viu obrigada a ir procurar lá fora o que lhe negam no seu país? E que tão bem o representam, com toda a sua inteligência e conhecimentos, que vão para além do que aprenderam nas universidades?

Assim, não existe um único domínio, seja prático ou teórico, que diga respeito ao progresso científico ou à emancipação humana, onde Portugal não tenha levado uma larga contribuição.

E, sim, tudo isso prova hoje que vale a pena ter e manter orgulho de ser português, sem qualquer réstia de “chauvinismo”, que é preciso que seja feita justiça a todos os que elevam bem alto o nome de Portugal que, com eles na primeira linha das potências mundiais, Portugal pode manter-se tranquilo acerca do seu futuro, recordando aos homens todo o expelendor do seu passado, mas também do presente.

E que, sobretudo, se hoje está tão mal colocado, isso se deve apenas a todos esses políticos corruptos e desmiolados que pretendem fazer de Portugal um país onde a nova escravatura se pode implementar livremente e que todos os neo-esclavagistas serão por eles aplaudidos.

Gente sem entranhas e sem o mínimo de dignidade, que adora impor apenas mais austeridade a uma sociedade composta por verdadeiros mártires da ditadura, mas que hoje já não admite que quem quer que seja lhe ponha a pata em cima.

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