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sexta-feira, 5 de abril de 2013

«OS MANIPULADORES»


Qual a diferença entre propaganda e lavagem ao cérebro?

Slogans e exortações repetidos continuamente numa atmosfera de crise colectiva, constituem a essência da propaganda.

As pessoas têm tendência para aceitar a mensagem propagandeada, especialmente quando se sentem ameaçadas e não têm acesso a fontes de informação isentas. A propaganda é, por este motivo, muito eficaz em tempo de guerra.

A lavagem ao cérebro, por outro lado, é uma distorção extrema dos processos mentais da pessoa. Só funciona em circunstâncias especiais, como no caso de indivíduos isolados na prisão ou cativos de raptores.

Os especialistas que estudaram vítimas de lavagem ao cérebro pensam que os seus captores trabalham os sentimentos de culpa mais primitivos que a maioria das pessoas mantêm de forma mais ou menos inconsciente.

O cativo privado de sono, alimento e dependente dos guardas para satisfação das suas necessidades mais elementares, é facilmente susceptível de persuasão.

Para aperfeiçoar o processo, os manipuladores usam técnicas como os interrogatórios a todas as horas do dia ou da noite, esgotando intelectualmente o indivíduo.

Podem dominar-se populações por meio de drogas que alteram a mente?

O escritor Aldous Huxley, no seu livro “Admirável Mundo Novo” – visão de pesadelo de um Estado totalitário do futuro – apresentou uma sociedade em que se administrava à população inteira, desde a infância, uma droga que a mantinha num estado de submissão à autoridade.

Na vida real, as pessoas não são tão facilmente dominadas. É concebível que um ditador introduzisse drogas na rede de águas de uma comunidade, mas, mesmo que o fizesse, esse seria um instrumento ineficaz para manipular uma população.

Em geral, é unicamente num ambiente fechado e em casos individuais, como uma prisão ou um hospital de alienados, que se consegue forçar as pessoas a tomarem drogas.

Todavia, a actual massificação mediática, trouxe-nos alguns novos monopólios, quer através das televisões quer através dos jornais diários, nos traz uma nova forma de fazer da informação uma actividade alienante, que se limita, na generalidade, a repetir á exaustão tudo quanto já sabemos, mas que “alguém” pretende que se entranhe na massa do sangue e que vivamos alienados.

E quando alguém tenta dizer o que pensa, simplesmente é ignorado, como ignorado é o que diz por escrito, pois oralmente tudo se limita a meia dúzia de comentadores comprometidos com diversos partidos políticos.

Trata-se daquilo a que chamo, “castração das classes sociais médias!!!”

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