Gabinete de
Passos Coelho confirma saída do responsável pelos Assuntos Parlamentares do
Executivo.
Relvas na
bancada do Governo no dia da moção de censura apresentada pelo PS. Foi o último
acto público do ministro
O gabinete do primeiro-ministro acaba de confirmar que o
ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou a sua demissão ao
primeiro-ministro. O PÚBLICO confirmou que o ministro da Educação vai anular a
licenciatura do agora ex-ministro.
O pedido de demissão foi apresentado nesta quinta-feira e acaba
de ser confirmado pelo gabinete de Pedro Passos Coelho, que o aceitou.
Miguel
Relvas marcou uma conferência de imprensa para as 16h30 para falar sobre o assunto.
"O
gabinete do primeiro-ministro informa que o ministro adjunto e dos Assuntos
Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou ao primeiro-ministro o seu pedido de
demissão, que foi aceite", afirma o comunicado. "Em face desta
situação, o primeiro-ministro proporá oportunamente ao Presidente da República
a exoneração" do ministro e a nomeação do seu subtituto.
No
mesmo comunicado, Passo Coelho "enaltece a lealdade e a dedicação ao
serviço público" com que Relvas "desempenhou as suas funções, bem
como o seu valioso contributo para o cumprimento do Programa de Governo numa
fase particularmente exigente para o país e para todos os portugueses".
Pedro
Passos Coelho, que já convocou uma reunião do Conselho de Ministro
extraordinário para o fim-de-semana e pediu à sua equipa governamental para não
se ausentar, vai esta tarde ser recebido por Cavaco Silva, como é habitual.
para a reunião semanal das quintas-feiras.
Resto do Governo surpreendido
A demissão apanhou de surpresa os membros do Governo e também o círculo político do PSD, mas a saída do seu chefe de gabinete, Victor Sereno, há alguns meses, e de um outro assessor, davam já a entender que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares estaria a esvaziar o gabinete, fazendo dispersar os seus mais fiéis colaboradores.
A demissão apanhou de surpresa os membros do Governo e também o círculo político do PSD, mas a saída do seu chefe de gabinete, Victor Sereno, há alguns meses, e de um outro assessor, davam já a entender que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares estaria a esvaziar o gabinete, fazendo dispersar os seus mais fiéis colaboradores.
No
Governo esperava-se que, a existir demissão, ela acontecesse só depois de ser
tornada pública a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento de
Estado, o que deverá acontecer ainda esta semana.
Um
outro dado que apontava para a saída de Relvas é o facto de a coordenação
política do Governo, que estava sob a sua responsabilidade, já não funcionar há
algum tempo.
Neste
momento, a questão que se coloca é saber se a saída de Miguel Relvas irá
precipitar ou não a remodelação governamental reclamada não só pelo CDS,
parceiro de coligação da maioria, mas também por ministros e barões do PSD.
Tal
como o PÚBLICO havia noticiado na quarta-feira, o ministro adjunto e dos Assuntos
Parlamentares, Miguel Relvas, vai deixar o Governo.
Vinte e quatro horas antes, o PÚBLICO adiantou que Pedro
Passos Coelho e Miguel Relvas já teriam conversado sobre o assunto há já algum
tempo.
Relvas
estaria disponível para deixar o Governo, mas terá pedido que a sua saída
aconteça de uma forma isolada, sem integrar qualquer remodelação governamental,
que tem vindo a ser reclamada pelo CDS, mas também por algumas figuras do PSD.
=Público=
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