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quarta-feira, 17 de abril de 2013

CIP: Governo deve cortar despesa mas não de forma cega

Troika ainda não ouviu parceiros sociais

O presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), António Saraiva, defende que as medidas alternativas às normas chumbadas pelo Tribunal Constitucional (TC) devem ser feitas pelo lado da despesa pública, mas não podem comprometer a eficiência dos serviços públicos.

«Após o chumbo do TC, é preciso encontrar alternativas. Espero que a reafetação de verbas seja feita pela redução da despesa», afirmou aos jornalistas o porta-voz dos patrões portugueses, citado pela Lusa.

António Saraiva, que falava à margem de uma conferência em Lisboa, realçou que terá que haver uma reforma da Administração Pública, sublinhando que, no que toca aos funcionários públicos, após um processo de mobilidade interna, é natural que haja «alguma redução de efetivos».

Porém, desejou que «os cortes não sejam cegos», de forma a manter uma Administração Pública «eficaz e eficiente».

De resto, António Saraiva revelou que «os parceiros sociais ainda não foram ouvidos» pela troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que está em Portugal a negociar com o Governo as alternativas existentes para o cumprimento do Orçamento de Estado de 2013.

«Não sei se a troika nos vai convocar para uma reunião. Até ao momento, não fomos chamados», disse o presidente da CIP.

Segundo algumas notícias que têm vindo a público, a subida da idade da reforma dos 65 anos para os 67 anos pode ser uma das medidas a aplicar pelo Governo, mas António Saraiva considera que este não é o momento mais oportuno para essa mudança.

«Admito que essa medida tenha, mais cedo ou mais tarde, que ser aplicada, em defesa do equilíbrio do sistema de Segurança Social. Mas, atualmente, face ao elevado índice de desemprego, penso que não é a altura ideal para a aplicar», salientou.

Isto, porque o prolongamento da vida ativa da população com mais idade iria comprometer o esforço de criação de emprego para as gerações mais novas, estando o nível de desemprego entre os jovens fixado nos 40%.

«É preciso balancear a necessidade do país e a esperança que os portugueses não podem perder, porque não nos podemos dar ao luxo de anualmente formar jovens que depois não têm empregabilidade no mercado de trabalho», frisou.

=TVI24=

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