Arménio
Carlos critica posição do executivo em relação à Concertação Social e avisa: “O
Governo está a amputar o país”.
Arménio
Carlos diz que o Governo está a conduzir o país ao desastre económico
A CGTP considerou nesta quinta-feira que o apelo do Governo ao
consenso e ao diálogo social “não passa de um embuste monumental” destinado a
impor medidas previamente acordadas com a troika e avisa que executivo está a amputar o
país.
“A CGTP não
pactuará com esta farsa”, disse o secretário-geral da central sindical, Arménio
Carlos, em conferência de imprensa, numa reacção àsmedidas hoje anunciadas pelo Governo, depois
do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado de
2013.
Para o sindicalista, a Concertação
Social é um processo que está “viciado” e “serve apenas e só para o Governo
definir agendas políticas”, sendo “evidente” que o executivo “não tem margem
nenhuma para aceitar propostas alternativas”. “É uma falácia, uma mentira, um
embuste monumental”, disse Arménio Carlos.
Para a CGTP, o caminho da
austeridade já deu provas de estar errado e “está a conduzir o país ao desastre
económico e social”. “Não temos certezas mas temos a convicção de que se esta
política continuar, daqui a três meses estaremos pior”, avisou.
“Primeiro disseram que se tinha
que cortar o dedo, depois a mão, depois o braço e agora passamos para o braço
esquerdo. O Governo está a amputar o país. Isto não vai ter fim”, sublinhou
Arménio Carlos, insistindo na necessidade de o país precisar de novas eleições
legislativas.
Se não for interrompida a política
de austeridade, avisou ainda, o caminho de Portugal será assim o da “espiral
recessiva”, com mais cortes, mais recessão, mais falências, mais desemprego,
mais défice, mais dívida e mais cortes.
Em alternativa, a CGTP considera
ser necessário um alívio fiscal através do IRS para aumentar o rendimento
disponível das famílias, aumentar os salários, o salário mínimo nacional e as
pensões.
Propõe ainda que se termine com a
“despesa parasitária” dos juros, das Parcerias Público Privadas e das chamadas
rendas da Energia. Considera igualmente ser necessário “renegociar a dívida
através do alargamento do prazo e da redução dos montantes e juros, com o não
pagamento dos juros durante um período de três anos e o compromisso de que não
serão depois superiores à taxa de juro de referência do Banco Central Europeu”.
=Público=
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