Apesar de
ainda não ter sido emitido um mandado de detenção, o ex-apresentador
entregou-se na manhã desta terça-feira para cumprir a pena de prisão a que foi
condenado no processo Casa Pia.
Carlos
Cruz foi condenado a seis anos de prisão por crimes de pedofilia no processo
Casa Pia
Eram 10h40 quando Carlos Cruz se entregou esta manhã na prisão
da Carregueira, no concelho de Sintra, para cumprir o resto da pena de seis
anos a que foi condenado por pedofilia no processo Casa Pia.
Como já havia anunciado, o apresentador preferiu entregar-se a
ser detido pelas autoridades, o que viria inevitavelmente a acontecer, uma vez
que perdeu os derradeiros recursos judiciais que têm evitado, desde 2010,
altura em que foi condenado em primeira instância, a sua prisão. No entanto, os recursos não se esgotaram:
Carlos Cruz apresentou uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu
dos Direitos do Homem que continua a aguardar resposta e o seu advogado irá
interpor, nos próximos meses, um pedido de revisão da sentença que o condenou.
“Carlos
Cruz apresentou-se voluntariamente no Estabelecimento Prisional da Carregueira
ao abrigo do regime legal que permite tal entrega voluntária junto de qualquer
estabelecimento prisional”, esclarece o advogado Ricardo Sá Fernandes num
comunicado enviado esta tarde às redacções. “Aí ficou preso, após ter cumprido
o respectivo procedimento de ingresso.”
É
também na Carregueira, prisão conhecida por acolher condenados por crimes
sexuais, que se encontra já a cumprir pena o antigo motorista da Casa Pia, Carlos
Silvino.
“Carlos
Pereira Cruz não cometeu os crimes por que foi condenado, reafirmando, mais uma
vez, que nunca esteve no local onde supostamente teriam sido cometidos (num
prédio da Av. das Forças Armadas, em Lisboa), nem conhecendo, a qualquer título,
as alegadas vítimas ou quaisquer outros envolvidos”, refere o mesmo comunicado,
segundo o qual o apresentador televisivo foi “vítima de um gravíssimo erro
judiciário”, razão pela qual “persistirá na defesa da sua dignidade em ordem a
assegurar a reabertura do processo e a proclamação da sua inocência”.
=Público=
PS: Só o tempo dirá
se se trata de uma “jogada” do seu advogado, que a sê-lo, será de “mestre”.
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