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quarta-feira, 3 de abril de 2013

"A maior parte dos políticos em Portugal anda a brincar com o fogo"


O antigo dirigente do PSD, Luís Marques Mendes, assinalou, esta terça-feira à noite que “a maior parte dos políticos em Portugal anda a brincar com o fogo”. Marques Mendes classificou de “irresponsáveis” todos aqueles que querem eleições antecipadas e não poupou farpas aos juízes do Tribunal Constitucional, num momento em que o País está “em suspenso”, à espera da decisão sobre o Orçamento do Estado para 2013.
“A ideia de eleições é a coisa mais irresponsável do Mundo, antes do fim do resgate”. A afirmação pertence ao antigo presidente dos sociais-democratas, Luís Marques Mendes, que, nesta senda, criticou a maioria da classe política portuguesa, da oposição à aos partidos da maioria, que “andam a brincar com o fogo”, arriscando-se a aproximar a situação portuguesa à italiana.

No que diz respeito à moção de censura que o PS apresentará amanhã contra o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, o comentador, que falava na antena da SIC Notícias, referiu: “De duas uma, ou Seguro [secretário-geral socialista] surpreende, ou vira-se o feitiço contra o feiticeiro”.


Ao mesmo tempo, relativamente ao facto de o “País estar em suspenso” à espera de uma decisão do Tribunal Constitucional acerca do Orçamento do Estado para 2013, Marques Mendes realçou que “ficava bem aos juízes mais humildade e bom senso”, considerando que os responsáveis pelo Palácio Ratton “acham que são o Mundo”.

“Espero que não seja o Constitucional a brincar com o fogo. Acho que Orçamento é muito violento do ponto de vista dos impostos, mas n sou a favor de que seja chumbado” pois “tudo ficará pior”, concretizou o comentador.

Questionado sobre alguns rumores que dão conta de que o presidente do Conselho Económico e Social, Silva Peneda, poderá integrar o leque de preferências do Presidente da República, Cavaco Silva, perante um eventual Governo de iniciativa presidencial, Marques Mendes limitou-se a responder: “Não acredito nesse tipo de iniciativas”.

Por outro lado, concluiu o antigo dirigente do PSD, “o Governo precisa de outro élan. Mais dia, menos dia vai ter que mexer a sério, para estimular e incutir confiança”. Porém, e ainda face a esta necessidade de remodelação no seio do Executivo, Marques Mendes defendeu que “o mais popular seria renovar o ministro das Finanças, mas que não o faria”, uma vez que seria um “sinal negativo em termos externos”. Ainda assim, deixou o recado: “Gaspar devia ser menos protagonista”.

N. M.

PS: Mais pressões sobre o Tribunal Constitucional? Ah, “gandanoya”….

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