O antigo dirigente do PSD, Luís Marques Mendes, assinalou, esta terça-feira
à noite que “a maior parte dos políticos em Portugal anda a brincar com o
fogo”. Marques Mendes classificou de “irresponsáveis” todos aqueles que querem
eleições antecipadas e não poupou farpas aos juízes do Tribunal Constitucional,
num momento em que o País está “em suspenso”, à espera da decisão sobre o
Orçamento do Estado para 2013.
“A ideia de
eleições é a coisa mais irresponsável do Mundo, antes do fim do resgate”. A
afirmação pertence ao antigo presidente dos sociais-democratas, Luís Marques
Mendes, que, nesta senda, criticou a maioria da classe política portuguesa, da
oposição à aos partidos da maioria, que “andam a brincar com o fogo”,
arriscando-se a aproximar a situação portuguesa à italiana.
No que diz respeito à moção de censura que o PS apresentará amanhã
contra o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, o comentador, que falava
na antena da SIC Notícias, referiu: “De duas uma, ou Seguro [secretário-geral
socialista] surpreende, ou vira-se o feitiço contra o feiticeiro”.
Ao
mesmo tempo, relativamente ao facto de o “País estar em suspenso” à espera de
uma decisão do Tribunal Constitucional acerca do Orçamento do Estado para 2013,
Marques Mendes realçou que “ficava bem aos juízes mais humildade e bom senso”,
considerando que os responsáveis pelo Palácio Ratton “acham que são o Mundo”.
“Espero
que não seja o Constitucional a brincar com o fogo. Acho que Orçamento é muito
violento do ponto de vista dos impostos, mas n sou a favor de que seja
chumbado” pois “tudo ficará pior”, concretizou o comentador.
Questionado
sobre alguns rumores que dão conta de que o presidente do Conselho Económico e
Social, Silva Peneda, poderá integrar o leque de preferências do Presidente da
República, Cavaco Silva, perante um eventual Governo de iniciativa presidencial,
Marques Mendes limitou-se a responder: “Não acredito nesse tipo de
iniciativas”.
Por
outro lado, concluiu o antigo dirigente do PSD, “o Governo precisa de outro
élan. Mais dia, menos dia vai ter que mexer a sério, para estimular e incutir
confiança”. Porém, e ainda face a esta necessidade de remodelação no seio do
Executivo, Marques Mendes defendeu que “o mais popular seria renovar o ministro
das Finanças, mas que não o faria”, uma vez que seria um “sinal negativo em
termos externos”. Ainda assim, deixou o recado: “Gaspar devia ser menos
protagonista”.
N. M.
PS: Mais pressões sobre o Tribunal
Constitucional? Ah, “gandanoya”….
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