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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Seguro: «Quando é que descobriu o consenso com o PS?»

Primeiro-ministro renova apelo ao consenso com PS. Líder do principal partido da oposição ironiza

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, iniciou o debate quinzenal desta sexta-feira felicitando os 40 anos do PS. António José Seguro agradeceu, mas logo ironizou: «Tomara eu razões para lhe dirigir felicitações, mas não tenho». Dois dias depois da reunião que tiveram, o braço-de-ferro não suavizou. Passos Coelho voltou a renovar hoje votos de consenso. Mais uma vez a ironia do líder do PS: «Quando é que o senhor PM descobriu o consenso com o PS? Gostava de lhe perguntar: quando é que descobriu?».

Questionado por Seguro sobre as medidas decididas em Conselho de Ministros, e sobre se não há nada que os portugueses e o Parlamento desconheçam, Passos Coelho disse, e quis reafirmar, que «estamos inteiramente interessados ¿ e de resto transmiti-o diretamente ao Dr. António José Seguro ¿ que esse quadro de médio prazo [reformas estruturais] possam ser objeto de consenso o mais alargado possível, não querendo com isto dizer que Governo pretende obter poio da oposição a todas as medidas», mas quer negociar com «os partidos da oposição, nomeadamente com PS, e com os parceiros sociais, medidas de carácter estrutural para futuro». 

O chefe de Governo lembrou a carta que endereçou a Seguro, e disse que reafirmou também no encontro que tiveram, «a intenção do governo que as opções de fundo sobre a reforma estrutural de país - as poupanças estrururais para o país- seja alargado à estratégia de crescimento para o país e à estratégia europeia. E renovo esse convite que fiz nessa altura». 

Continuou, dizendo que «não queria hoje estar a enfatizar os antagonismos. Preferia enfatizar o que nos pode aproximar. Eu gostaria que o governo não ficasse na opinião pública ou no debate parlamentar em que se está preso por ter e por não ter. Que se apresenta as medidas é porque não as quer negociar e consensualizar». 

Passos Coelho quis deixar a garantia de que «apresentaremos do lado estrutural medidas importante do nosso ponto de vista para poder respeitar défice, negociadas nesta última sétima avaliação, e iremos apresentar aos partidos políticos e ao PS e aos parceiros sociais até ao final deste mês». 

Seguro voltou a repetir o que tem dito sobre a política do Governo, que é a da «austeridade custe o que custar», exigindo «pesados sacrifícios» aos portugueses, com a promessa de cumprir todas as metas. «Mas as suas palavras e o discurso do Governo não colam com a realidade. O Partido Socialista não contribuirá para essa política. Está muito enganado». 

Voltou ainda a dizer que «aquilo que os portugueses exigem é muito claro: pare com a austeridade. Aproveite o tempo que tem até à elaboração do OE retificativo para mudar de política. 

É necessário que país tenha estratégia que concilie rigor e disciplina com crescimento e emprego. A sua opção ideológica foi a de fazer um ajustamento brusco e imediato na lógica de finanças públicas. Sempre disse que seria um erro. Propus outra estratégia: conciliar, através de crescimento e emprego, com financiamento às empresas, dinamização da procura interna... Portugal está hoje pior do que há dois anos».

=TVI24=

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