O PSD tinha razões de queixas do Governo e, desta vez,
não as calou.
O jantar entre Passos Coelho e os presidentes das distritais, que
terminou pelas 2h30 da madrugada de quarta-feira, foi um desfilar de críticas.
Passos já ia preparado, mesmo assim irritou-se e terminou com um apelo à
lealdade do partido.
Segundo relatos feitos ao SOL, o líder
social-democrata agradeceu a quem falou frontalmente em vez de andar entretido
a fazer «jogos sujos» – uma referência que foi tida como alusão às conversas de
bastidores sobre o mau desempenho do Governo, e que teria como destinatários os
líderes distritais de Lisboa e Porto, que se fizeram representar naquela
reunião. «Passos Coelho está atento», sublinha fonte social-democrata.
O discurso mais duro veio do líder do PSD-Algarve,
Luís Gomes, que elencou alguns problemas concretos (simplificação do regime de
licenciamentos, política dos portos, etc.) e disse mesmo que o partido se sente
«maltratado» pelo Governo.
Outros líderes distritais queixaram-se mesmo que os
chefes de gabinete dos ministros nem sequer atendem o telefone aos dirigentes
do partido. Na base da crítica está um pormenor subentendido: desde a demissão
de Miguel Relvas que várias distritais se sentem sem acesso ao Executivo.
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