Antigo
presidente da República afirma que situação no país está económica e
politicamente bloqueada
O antigo
presidente da República Jorge Sampaio, conselheiro de Estado, afirmou esta
quinta-feira que em Portugal a «situação está económica, financeira e politicamente
bloqueada» e que o consenso «agora está esgotado».
Jorge Sampaio sublinhou, em entrevista à Antena 1, que há poucas saídas para esta situação de bloqueio, porque não seria fácil para Cavaco Silva dissolver o Parlamento: «É muito difícil de fazer, porque só é claro se houver uma alternativa. Ela existe, mas tem de encorpar», defendeu.
Esta entrevista surge no mesmo dia em que o jornal «i» faz manchete com a notícia de que o ex-Presidente da República liderou a revolta contra Cavaco Silva no último Conselho de Estado. «Quando Sampaio percebeu que Cavaco Silva tinha um texto pronto que não correspondia ao que, de facto, se tinha passado durante a reunião, protestou com alguma fúria perante o seu sucessor no cargo», escreve o jornal, referindo-se à redação do comunicado oficial, acrescentando:
«Ao lado de Jorge Sampaio, estiveram Manuel Alegre e António José Seguro, secretário-geral do PS. Ao que o i apurou, o antecessor de Cavaco na cadeira principal do Conselho de Estado levantou a voz contra o seu sucessor: não era aceitável que um comunicado final não reproduzisse minimamente o que se tinha passado na reunião».
Regressando à entrevista de Sampaio à «Antena 1», o ex-Presidente da Repúblic esclarecE: «E está esgotado a partir da moção de censura do PS» e, do lado dos partidos de esquerda, também não vislumbra «qualquer condição para que seja possível [um entendimento] ao nível do Governo».
Na opinião do antigo chefe de Estado, «é preciso intimidade, confiança», o que «é um resultado, um compromisso, uma negociação que demora tempo, não é para se fazer às claras».
Sobre o Conselho de Estado, na passada segunda-feira e que durou cerca de sete horas, Jorge Sampaio admitiu que a realização de eleições antecipadas esteve em cima da mesa na discussão e acrescentou que, no seu entender, uma consulta aos eleitores não é «algo que se tenha de evitar a todo o custo».
«A democracia tem soluções e o presidente da República ouviu-nos durante sete horas e já percebeu qual é a opinião de cada um de nós», adiantou Jorge Sampaio.
Jorge Sampaio sublinhou, em entrevista à Antena 1, que há poucas saídas para esta situação de bloqueio, porque não seria fácil para Cavaco Silva dissolver o Parlamento: «É muito difícil de fazer, porque só é claro se houver uma alternativa. Ela existe, mas tem de encorpar», defendeu.
Esta entrevista surge no mesmo dia em que o jornal «i» faz manchete com a notícia de que o ex-Presidente da República liderou a revolta contra Cavaco Silva no último Conselho de Estado. «Quando Sampaio percebeu que Cavaco Silva tinha um texto pronto que não correspondia ao que, de facto, se tinha passado durante a reunião, protestou com alguma fúria perante o seu sucessor no cargo», escreve o jornal, referindo-se à redação do comunicado oficial, acrescentando:
«Ao lado de Jorge Sampaio, estiveram Manuel Alegre e António José Seguro, secretário-geral do PS. Ao que o i apurou, o antecessor de Cavaco na cadeira principal do Conselho de Estado levantou a voz contra o seu sucessor: não era aceitável que um comunicado final não reproduzisse minimamente o que se tinha passado na reunião».
Regressando à entrevista de Sampaio à «Antena 1», o ex-Presidente da Repúblic esclarecE: «E está esgotado a partir da moção de censura do PS» e, do lado dos partidos de esquerda, também não vislumbra «qualquer condição para que seja possível [um entendimento] ao nível do Governo».
Na opinião do antigo chefe de Estado, «é preciso intimidade, confiança», o que «é um resultado, um compromisso, uma negociação que demora tempo, não é para se fazer às claras».
Sobre o Conselho de Estado, na passada segunda-feira e que durou cerca de sete horas, Jorge Sampaio admitiu que a realização de eleições antecipadas esteve em cima da mesa na discussão e acrescentou que, no seu entender, uma consulta aos eleitores não é «algo que se tenha de evitar a todo o custo».
«A democracia tem soluções e o presidente da República ouviu-nos durante sete horas e já percebeu qual é a opinião de cada um de nós», adiantou Jorge Sampaio.
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