A palavra salário vem do latim “salarium”,
derivada de sal; fonte indispensável para conservar a carne. Inicialmente
designava a ração de sal fornecida aos soldados romanos (salarium), depois designa
a indemnização em dinheiro paga para comprar o sal e outros víveres (salarium
argentum).
O salário pode variar em seguida a
negociações com o empregador, ou se uma variação é definida pela
regulamentação. Por exemplo, uma tabela móvel dos salários a aumentar o salário
em função do aumento dos preços. Por outro lado, se o salário é o mínimo legal,
é aumentado quando esse mínimo aumenta.
Porque o salário e o poder de compra estão no
coração das preocupações gerais, foi criado o salário médio, que em Portugal
tende a desaparecer e a tornar-se, também ele em salário mínimo desde que o
actual governo se encontra no poder, que visava estabelecer níveis médios de
salários líquidos ou ilíquidos para que os portugueses pudessem viver dentro
dos parâmetros da dignidade.
Todavia, estima-se que já mais de três
milhões de cidadãos activos a verem sumir-se os seus salários, através de
impostos e mais impostos, cortes e mais cortes, taxas e ainda mais taxas,
despedimentos e cortes nos subsídios de desemprego, causando cada vez mais o
abaixamento dos rendimentos familiares, o que tem dado origem a um grande
aumento da miséria e da fome no país.
Um salário é uma soma de dinheiro entregue a
um empregado ou assalariado em contrapartida do fornecimento de um trabalho. O
montante do salário depende, ou deve depender de um contrato de trabalho, dos
aumentos dos salários e da regulamentação estabelecida no Código de Trabalho,
elaborado com a presença dos trabalhadores (Sindicatos) e dos representantes do
patronato e do governo, para que seja defendida a equidade e a igualdade entre
os trabalhadores de igual categoria profissional.
O salário anual deve ser utilizado para medir
mais exactamente o rendimento da actividade dos trabalhadores durante o ano
civil. Aos doze meses de salários somam-se os “Subsídios de féria e de Natal”.
Num período em que o desemprego impera,
difícil se torna a sustentabilidade das instituições criadas para dar apoio
assistencial aos trabalhadores que adoecem ou se reformam, fazendo baixar os valores
quer dos subsídios quer da pensão de reforma.
O salário horário deve ser utilizado para
comparar as remunerações de empregados cujo tempo de trabalho efectivo não é
comparável, por exemplo os que trabalham a “tempo completo” e os que trabalham
a “tempo parcial”
Segundo Karl Marx: “É o assalariado que é a
organização burguesa actualmente existente do trabalho. Sem ele, nada de
capital, nada de burguesia, nada de sociedade burguesa”.
O socialismo e o comunismo têm por fim
suprimir o sistema capitalista baseado nos lucros e no trabalhador, considerado
como sendo a base da exploração e a alienação do proletariado.
De notar, todavia, que os países que declaram
inspirar-se na sua doutrina
desenvolveram o assalariado e sem ter uma organização directiva burguesa
no sentido capitalista do termo.
Desde a Segunda Guerra Mundial, com o pôr em
prática a cotisação social como
componente do salário e seu mecanismo por repartição, não émais o assalariado
que é visado pela teoria marxista, mas sim o próprio emprego.
Remunerar o emprego acaba na subordinação às
leis do comércio (mercado do trabalho) que, como bem se sabe, os tecnocratas
económicos e financeiros decidiram aproveitar a oportunidade da globalização e,
entre nós, da União Europeia que se preocupa apenas com a União Económica e
Financeira, como se não cansam de afirmar diariamente os actuais políticos
dominantes, o que faz com que se vivam momentos sociais realmente dramáticos.
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