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terça-feira, 21 de maio de 2013

Parceiros acusam Governo de «desvalorizar» concertação social

Reunião não trouxe nada de novo e ministro saiu mais cedo da reunião

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, lamenta que o Governo esteja a «desvalorizar» a Concertação Social, algo que, diz, ficou demonstrado na reunião desta terça-feira, destinada a debater os novos fundos comunitários. 

«A CCP tem que repensar um pouco o seu tipo de representação neste tipo de reuniões e quero manifestar publicamente o desagrado pela desvalorização que este Governo esta a fazer em relação à Concertação Social», afirmou à saída da reunião.

A confederação diz que o Governo convocou os parceiros para esta reunião para não adiantar «absolutamente nada de novo», ficando-se por um «conjunto de generalidades». Além disso, sublinhou, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, saiu mais cedo da reunião, não chegando a ouvir todos os parceiros.

Em discussão estava o novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para 2014-2020. 

«Isto não é um problema pessoal, mas é lamentável a desvalorização completa do Governo em relação à Concertação Social, que penso que os parceiros sociais não podem nem deverão admitir», sublinhou Vieira Lopes.

Com o representante do comércio e serviços concordou o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que sublinhou também o facto de os parceiros sociais estarem «a ser chamados várias vezes para repetir as mesmas matérias». 

«Ainda por cima, o senhor ministro teve que se ausentar (...), não tendo ouvido todos os parceiros. Ouviu apenas uma parte dele», disse. 

Da parte do executivo, o secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, rejeitou qualquer desvalorização da Concertação Social, saudando que na reunião «tenha havido tempo para todos participarem». 

«A reunião foi bastante participada. Houve de facto um impedimento do senhor ministro, que não lhe permitiu estar presente na totalidade da reunião, mas os secretários de Estado do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, que acompanham o processo do acordo de parceria relativamente ao novo quadro comunitário de apoio tiveram ocasião para esclarecer tudo aquilo que foi solicitado», explicou o Governante. 

Do lado da CGTP, Arménio Carlos acusou o Governo de se estar a preparar para desviar o dinheiro dos fundos «que deveriam servir para o desenvolvimento do país», para sustentar a redução do Estado através do despedimento dos funcionários públicos, tendo pedido explicações do executivo neste sentido.

=TVI24=

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