Ministro
das Finanças diz que o PS “fragilizou o país”, os socialistas acusam Gaspar de
querer encontrar “um bode expiatório”.
Vítor
Gaspar pede um consenso sobre a reforma fiscal
Vítor Gaspar lembrou nesta terça-feira o que defende ter sido “a
situação de fragilidade” em Portugal que levou, em 2011, ao pedido de resgate
financeiro àtroika, quando o PS estava ainda no Governo. “O Governo
português negociou mal, numa situação extremamente fragilizada”, disse na
comissão parlamentar de acompanhamento do programa de ajustamento português.
Num
confronto de posições entre Governo e PS, o ministro das Finanças defendeu que
o então Governo socialista “negou a possibilidade de resgate até ao último
momento” e que esse facto “fragilizou o país”.
Gaspar salientou como exemplo da
má negociação a taxa de juro dos empréstimos iniciais e o plano de pagamento da
dívida que estava muito concentrado nos anos de 2016 e 2021.
Na sua resposta, o PS, pela voz do
deputado Fernando Medina, disse que, agora, “a única coisa que interessa ao
Governo é arranjar um bode expiatório” e considerou que o executivo “já não
está a tratar do país, está a tratar da narrativa da sua saída”.
Vieira da Silva, presidente da
comissão, a finalizar do debate, ainda fez questão de expor a sua opinião sobre
a matéria, lembrando que a questão da negociação com a troika “não pode ser desligada das
condições do país na altura, nomeadamente o facto de ter sido rejeitado pelos
partidos da oposição um acordo que era apoiado pelo Conselho Europeu”.
Gaspar pede
ao PS posição sobre IRC
O ministro das Finanças pediu ao PS que apresente a sua posição em relação à reforma do IRC de forma a encontrar um consenso com o Governo nesta matéria.
O ministro das Finanças pediu ao PS que apresente a sua posição em relação à reforma do IRC de forma a encontrar um consenso com o Governo nesta matéria.
Até Junho, um grupo de trabalho
nomeado pelo executivo está a preparar uma reforma do regime de IRC. Vítor
Gaspar defendeu que “é necessária uma consensualização nesta matéria” para que
se garanta, para o futuro, “uma estabilização das expectativas dos
investidores”.
“É importante sabermos quais as
posições do PS sobre esta questão, como é que o PS concebe uma reforma do IRC,
porque a estabilidade fiscal é fundamental”.
=Público=
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