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segunda-feira, 20 de maio de 2013

«REUNIÃO DO CONSELHO DE ESTADO»

Conforme a convocatória do presidente da República, comunicada por um membro do próprio Conselho de Estado, reúnem-se agora mesmo, com início marcado para as 17 horas de hoje e com a ausência anunciada do líder do governo dos Açores, aqueles que têm nas mãos a mudança do rumo do país, pois podem e devem alterar a ordem dos trabalhos e tudo fazer para obrigar o actual governo a abdicar, a renunciar, a demitir-se, para evitar que seja o povo a ir à bancarrota, em cujo limiar se encontra há muito, demasiado tempo.

Mas, nenhum deles moverá um dedo que seja para pôr um travão a toda a austeridade instaurada pelo governo do senhor Pedro, aliás, sob a preciosa ajuda do senhor Silva de Boliqueime.

Limitar-se-ão aos habituais cumprimentos, à troca de sorrisos e risos forçados, ouvirão o que tem a dizer o senhor Anibal e seus seguidores fiéis,  e tudo ficará como antes no “quartel de Abrantes”.

Em Belém não se verá o “Menino”, mas apenas os habituais “mamões” que defendem acima de tudo as suas “mamas”, pouco se importando com o sofrimento dos cidadãos, sejam crianças, mulheres ou homens e esses velhos farrapos a que agora designam por “cisma grisalho”, que muito deram ao país que tão mal os trata hoje.

A estapafúrdia desculpa para a convocatória da reunião que deve já ter começado, limitava-se a mais um subterfúgio sem qualquer nexo “o pós troika”, como se amanhã mesmo nos víssemos livres desses indivíduos que vêm de longe dar ordens aos portugueses, que o submisso governo aplica com exagerado esmero, fomentando cada vez mais desemprego, mais fome e mais miséria, sob o olhar complacente dos que se convenceram de que são os donos de Portugal e, sobretudo, dos portugueses.

Atente-se na data de hoje: 20 de Maio de 2013, e que se lixe o tal acordo ortográfico, para podermos amanhã trocar novas impressões acerca do que todos os jornais televisivos de hoje e em papel amanhã dirão acerca desta reunião, ainda que seja pouco devido ao segredo de Estado, embora passados alguns dias e sob certas tensões devido ao curso dos acontecimentos, se comecem a saber determinadas passagens de tudo quanto se passou dentro daquele salão do palácio de Belém.

Tudo será dito com todas as cautelas para não ferir certas susceptibilidades, sem se importarem com o sofrimento dos portugueses, que irá aumentando enquanto o tempo passa demasiado lentamente, apesar de se dizer que voa, mas que para os portugueses parece deslocar-se ao sabor da vontade e da velocidade de caracol.

Era imperioso dar a entender que se preocupam, que alguém se preocupa com a sorte dos cidadãos, das crianças e dos velhos, daí toda esta encenação que nada adianta e muito menos vai resolver os graves problemas vividos pela sociedade, especialmente a mais carenciada, que continuará a trilhar o caminho da miséria e do desprezo.

O que realmente interessa ao povo, manter-se-á calado, pois  hoje não se sentiu nenhuma inspiração mariana nem qualquer vontade de apelar a S. Jorge. Não são os portugueses aquele povo que desde há muitos anos tem vivido sob a sina da “triologia dos «Efes»?”

Fado, Futebol e Fátima? Pois, que lhe sirvam muito bem, que se alimentem deles, que lhes peçam o salário ou o emprego que os governantes negam e tudo fazem para o ampliar cada vez mais.


Isto, minhas senhoras e meus senhores, é a mentalidade portuguesa ao mais alto nível. Que, todavia se coíbem de o afirmar em voz alta, de modo a que todos ouçam, tudo fazendo para humilhar cada vez mais o já humilhado povo português, por políticos da treta que só pensam em assegurar os seus tachos.

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