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terça-feira, 28 de maio de 2013

Duarte Lima «compreende a curiosidade» nas suas respostas no caso BPN

Arguido falou à imprensa antes de entrar para a primeira sessão do julgamento que o mantém em prisão domiciliária há mais de um ano

Numa declaração rara frente às câmaras televisivas, Duarte Lima remeteu para o decorrer do julgamento mais pormenores sobre o processo de fraude de 52 milhões de euros ao BPN, de que é acusado. À entrada para o Campus da Justiça, em Lisboa, lembrou aos jornalistas que já rebateu «ponto por ponto» todas as acusações de que é alvo, queixando-se também de da pouco cobertura mediática que as suas justificações têm tido.

«Este processo é composto essencialmente por duas peças Por um lado, pela acusação, que me foi formulada pelo senhor Procurador da República, que é uma acusação pública, e que tem sido amplamente divulgada pela comunicação social. Por outro lado, pela apresentação da contestação que eu fiz, rebatendo ponto por ponto cada uma dessas acusações, que é igualmente pública, mas que, infelizmente, salvo raras exceções, tem sido muito pouco divulgada pela comunicação social», declarou à entrada para o tribunal.

«Compreendo que tenha curiosidade em ouvir muitas mais respostas minhas sobre este processo, mas sei que compreenderão também, pelo respeito que devo ao tribunal, que estas devem ser dadas exaustivamente ao longo do julgamento, e remeto-vos, como esse julgamento é público, para o poderem acompanhar».

O julgamento em que Duarte Lima e mais cinco arguidos são acusados de burla qualificada ao BPN de 52 milhões de euros e de branqueamento de capitais começa esta terça-feira na 7.ª Vara Criminal de Lisboa.

Duarte Lima, em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, e outros cinco arguidos.

Este julgamento está relacionado com a aquisição de terrenos no concelho de Oeiras, através de uma empresa - Homeland -, constituída por Duarte Lima, Vítor Raposo e Pedro Lima, seu filho.

A Homeland foi constituída com a participação de 1,5 milhões de euros do BPN, de 4,2 milhões de euros de Vítor Raposo (então sócio de Duarte Lima) e igual capital do arguido Pedro Lima (filho do ex-líder parlamentar do PSD).

Os terrenos estavam nas imediações da projetada sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), que acabou por não avançar, pelo que o crédito pedido ao BPN, no valor de mais de 40 milhões de euros, ficou por liquidar.

Duarte Lima, antigo líder parlamentar do PSD, é suspeito de beneficiar de vários créditos no valor de mais de 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo valor.

Suspeito de burlar o BPN em 44 milhões de euros, o antigo deputado do PSD foi detido a 17 de novembro de 2011, tendo ficado em prisão preventiva até maio desse ano.

Pedro Lima também foi detido, mas saiu em liberdade, após pagamento de caução de 500 mil euros.

Além de Duarte Lima, Pedro Lima, Vítor Raposo e Francisco Canas são também arguidos os advogados João Almeida e Paiva e Miguel Almeida e Paiva.

=TVI24=

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