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quarta-feira, 22 de maio de 2013

«O “AMIGO” E OS OUTROS…»

Todos sabemos que os políticos se salvam e se perdem pelas amizades. Daí que, para eles haja uma constante preocupação. É incontestável que os políticos têm, uns sobre os outros, uma estranha ascendência, quase sempre rebelde à análise, sendo extremamente delicado, senão impossível, interrogá-los a esse respeito.

Talvez se se merece a sua confiança, não demonstrem qualquer má vontade em responder, mas é preciso confessar que essas afinidades entre políticos, com o mesmo estilo de vida, as mesmas “preocupações elementares” as mesmas ambições, as mesmas alegrias, não se deixam formular de maneira tão fácil como se poderia crer. Nada no mundo é mais misterioso.

Se alguém ousar perguntar a Pedro porque prefere o Vitor e o Paulo, Pedro sente-se na berlinda e olhar-nos-á com ar espantado; vê-lo-emos perturbado, chocado na sua própria consciência, se a tiver, o que é muito duvidoso.

Pretendendo ser bem educado e nos julga desinteressados, inventará qualquer coisa, mas, na sua resposta, perceber-se-á um tom de reticências. Mas se, como é seu hábito se mostra tenso e nos dedica pouca simpatia, limitar-se-á a dar aos ombros e a calar-se.

Em ambos os casos, pode-se apostar que se lhe terá dado a imporessão de se ter pretendido violar um segredo que diz respeito à própria essência da vida individual e procurará vingar-se de seguida, inventando mais um novo imposto, uma nova taxa, e doa a quem doer e custe o que custar, teremos que a pagar.

Ora – e basta abrir os olhos para nos convencermos disso – em todo o agrupamento de políticos que se forma segundo leis docilmente aceites, não entra nele quem quer que seja. Para proibir o acesso, existem barreiras que não se vencem com facilidade: o egoísmo e o ciúme, por exemplo; Ou o nível social, uma certa semelhança de educação,  de gosto, toda uma estética da vida. Não conseguiria enumerá-las a todas, pois cada grupo tem a sua fisionomia particular, a sua maneira de ser, e a do Pedro é muito especial, havendo todo um mundo regido por lembranças comuns.

Nesse comportamento há muita hipocrisia e nada, a não ser o que mais corresponde a uma necessidade essencial, a de proteger uma vida individual contra as forças que tendem a desmascará-la, a desagregá-la.

No extremo oposto, há outro grupo. Aqueles que dele fazem parte estão unidos por reais afinidades. No fundo, são seres à parte que sabem fixar-se na lamentável realidade que se vive no país.

Decorre neste momento na Assembleia da República a apresentação, pelo secretário de Estado das finanças do projecto de lei, consagrado no Orçamento rectificativo sobre o pagamento e forma de pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores e pensionistas, mostrando-se Helder Rosalino arrogante e a tentar protelar o pagamento devido, que deveria ser efectuado em Junho ou Julho, tentando adiar esse mesmo pagamento para o mês de Novembro, o que se concretiza por mais um ataque desbragado aos trabalhadores e funcionários, agredindo uma vez mais a Constituição Portuguesa, nem cumprindo as deliberações do Tribunal Constitucional.

Como se vê, a firmeza da alma, aí, é bem menor, e é por isso que o clã de Pedro apresenta cada vez mais confusões aos portugueses. No fundo, são uns transfugas, que dificilmente serão aceites sem prevenções, e trata-se de mais uma tentativa para dividir ainda mais os portugueses em vários graus, de 1ª, de 2ª e de mais algumas categorias.

O actual governo só tem um caminho a seguir, que é a demissão que não quer e conta com a prestimosa ajuda de um presidente da República que, também ele, a seu modo, concorda com o atropelamento das decisões inscritas no acórdão do TC.


Em Portugal, com o governo de Pedro, tudo se faz ao contrário, mas sempre em prejuízo dos portugueses.

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