Não podemos chamar de “exclusões sociais”, no
plural, sim senhor, todas as práticas políticas do actual governo? Será que
deveremos calar-nos, manter-nos passivos perante um fenómeno de tal modo complexo e heterogéneo
que pode, e deve, efectivamente falar de diversos tipos de exclusão.
Um dos critérios para essa classificação é o
das causas imediatas – por oposição às causas intermédias e estruturais – da situação
vivida actualmente no país.
Este critério é particularmente importante,
uma vez que, estando relacionado com as causas, dá indicação sobre o tipo de
soluções necessárias, que se podem resumir numa só, a demissão do actual
governo e, como foi militar, colocar em sentido o presidente da República ou,
simplesmente, convidá-lo a retirar-se para o aldeamento da Coelha.
A excliusão social do tipo económico é,
fundamentalmente a que abre as portas à pobreza, entendida como uma situação de
privação múltipla, por falta de recursos: más condições de vida, baixos níveis
de instrução e qualificação profissional, emprego precário, sem contrato, mal
remunerado e com más condições de trabalho, actividade no domínio da economia
informal…
Tratando-se de pobreza de longa duração,
deveriam os políticos reflectir em todas as características psicológicas,
culturais e comportamentais. Mas, eles de nada querem saber, a não ser de
roubar sempre mais aqueles que nunca foram considerados verdadeiros cidadãos, a
não ser para darem o seu voto.
Esta forma de exclusão social conduz,
geralmente, à situação de “sem–abrigo”, que é a forma mais grave e complexa de
pobreza e de exclusão.
Existem em Portugal demasiadas pessoas em
situação de exclusão social, ou até de auto-exclusão, em consequência de
comportamentos auto-destrutivos.
Trata-se de comportamentos relacionados com
as drogas, o alcoolismo, a prostituição e outras causas às quais os políticos
preferem fechar os olhos. Mas, também aqui, estas causas imediatas têm por trás
problemas de pobreza.
E os políticos no poder preferem continuar a
fechar os olhos à lamentável realidade que se vive no país.
Alguns destes comportamentos aparecem também
associados à situação de “sem-abrigo”, de rejeitados, de excluídos do sistema e
por ele.
Famílias cujos cônjuges se encontram no
desemprego, que se viram espoliados de sua casa e, numa análise mais profunda,
verifica-se que toda a forma de exclusão é a consequência de uma outra forma de
exclusão.
A situação de pobreza e ou de más condições
de habitação, agrava o modo como a família é afectada por todos os problemas, a
ponto de conduzir a rupturas relacionais que não existiam em condições “normais”.
Conduzindo à pobreza, o desemprego impede o
pagamento da renda, da prestação mensal e, assim, colocam o indivíduo ou a
família na situação de sem-abrigo.
O caso do toxicodependente que abandona o
lar, cai na miséria, tornando-se em mais
um farrapo vivo do que pode acontecer aos excluídos pelo actual sistema
implementado em Portugal, país que é governado por uma União Europeia que se
preocupa apenas e só com o sistema económico e financeiro, desprezando o
social.
Muito mais haveria para dizer, mas prefiro
ficar por aqui, não sem relembrar aos actuais (des) governantes que devem
demitir-se, uma vez que são incapazes de respeitar os Direitos Humanos
consagrados na Magna Carta em Genebra assinado.
Sem comentários:
Enviar um comentário