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quinta-feira, 23 de maio de 2013

«Governo pensa que ordenado mínimo é de uma pessoa rica»

Constança Cunha e Sá critica aumento nos descontos dos pensionistas para a ADSE

Constança Cunha e Sá criticou, esta quarta-feira, o aumento das contribuições para a ADSE, que vai abranger também os pensionistas. A comentadora política não entende como é que a medida pode abranger os reformados, desde que tenham uma pensão equivalente ou superior ao salário mínimo.

«É uma coisa extraordinária. Como é que o Governo considera rica uma pessoa que recebe o ordenado mínimo?! Ficamos agora a perceber uma coisa fantástica que é: o Governo não quer aumentar o ordenado mínimo (...) porque considera que o ordenado mínimo é um ordenado de uma pessoa rica que pode perfeitamente começar a pagar uma taxa superior à que já pagava», afirmou Constança Cunha e Sá, na TVI24.

No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», a comentadora defendeu que a medida é tanto mais preocupante quanto antecede uma série de outras medidas que vão ser aplicadas aos reformados em 2014.

«Em cima dos reformados vai cair a história da taxa de sustentabilidade (que o ministro Poiares Maduro diz que ainda está à procura de alternativas), a convergência entre as pensões na Caixa Geral de Aposentações e na Segurança Social no valor de 740 milhões que levam a um corte de 10% nas pensões, e este corte é muito mais violento do que o outro e ninguém fala disso... E isto tudo para o mesmo grupo», apontou.

Para Constança Cunha e Sá, ao Governo só falta dizer que pretende eliminar os reformados.

«Eu não sei o que é que o Governo pretende fazer com este grupo. Exterminá-lo?! É um grupo fragilizado, que não tem voz, que chegou ao fim da via, que tem um contrato com o Estado, que descontou. Isto não é um prémio que o Governo dá. Isto é parte de um contrato. E é por estas e por outras que, quando as pessoas julgam que o contrato com o Estado é para cumprir e o Estado é o primeiro a não cumprir, quebra-se completamente o elo de confiança que pode existir entre os cidadãos e o Estado», rematou.

=TVI24=

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