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domingo, 26 de maio de 2013

Manifestantes gritaram «palhaço» em Belém

CGTP confirma jornada de luta para 30 de maio e admite greve geral

Milhares de manifestantes estiveram concentrados em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, gritando palavras de ordem contra o Governo e o Presidente da República.

Arménio Carlos promete maio «a acabar muito quente» e junho «ainda mais»


Os manifestantes gritavam palavras de ordem como «Governo para a rua» e «Palhaços».

Entre as palavras de ordem estiveram também «Cavaco, função do Presidente é demitir aquela gente» e veem-se cartazes nos quais está escrito «Palhaço Cavaco», com uma imagem do PR com um nariz vermelho, ou uma foto do PR com a legenda «Leilão de imóveis».

«Cavaco! O teu Governo já não representa a maioria que o elegeu - Eleições já», «Cavaco para a rua» e «Governo rua», eram outras das legendas dos cartazes.

Além dos muitos cartazes de Cavaco Silva com montagens do presidente vestido de palhaço e alguns manifestantes que se fazem acompanhar de narizes vermelhos, eram visíveis ainda criticas ao Governo como «PSD e CDS nunca mais» e «Bandidos, demissão».

Enquanto a sindicalista Ana Avoila discursava, vários manifestantes insurgiram-se contra o PR, usando expressões como «palhaço» e criticando os gastos do Presidente.

O acesso à frente do palácio de Belém estava limitado por baias colocadas pela polícia, que obrigavam os manifestantes a circundar o jardim frontal à presidência, de forma a poderem chegar à frente do palco instalada junto aos mosteiro dos Jerónimos, onde discursam os sindicalistas.

A CGTP convocou para 30 de maio, dia em que se prevê que o Governo entregue o orçamento retificativo, uma nova jornada de luta nacional, e afirmou-se disponível para encontrar convergências com a UGT para uma greve geral.

«Estamos disponíveis para coincidir e convergir na unidade na ação com todas as organizações sindicais, sejam da UGT ou sindicatos independentes. Tudo o que pudermos fazer neste momento para afastar diferenças e construir uma posição de convergência a partir de conteúdos e objetivos concretos, tudo faremos para que isso aconteça», afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

O líder da intersindical considerou que a manifestação de hoje foi «mais um indicador de que é fundamental criar todas as condições para promover a unidade na ação e a convergência».

«Se essa convergência se consolidar e aprofundar, por que não admitir a realização de uma greve geral? Penso que este Governo já a merece», defendeu Arménio Carlos.

Para 30 de maio ficou agendada uma jornada de luta nacional, nas empresas e locais de trabalho, que coincide com a data do primeiro dos quatro feriados que a partir deste ano deixam de ser assinalados no país e que a CGTP acusa o Governo de querer roubar aos trabalhadores.

O dia 30 de maio é também aquele em que o Governo deverá entregar no parlamento o Orçamento do Estado retificativo para 2013, de acordo com as informações que foram avançadas pelo Ministério das Finanças.

=TVI24=

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