A Administração
Regional de Saúde do Norte vai solicitar a intervenção da Inspecção-Geral das
Atividades em Saúde no Hospital de Braga por falta de informação
"cabalmente esclarecedora" sobre a "regularidade, continuidade e
qualidade assistencial das prestações" naquela unidade.
Em comunicado enviado hoje à
agência Lusa, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) informa ainda
que o Hospital de Braga, dirigido por uma Parceria Publico Privada pelo Grupo
Mello, "assegurou que não está em causa a segurança dos doentes".
A
segurança dos doentes anestesiados na unidade hospitalar bracarense foi posta
em causa pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e é uma das
justificações para a greve dos anestesistas do Hospital de Braga, marcada para
dias 30 e 31.
"A
ARS-N solicitou a devida informação sobre questões que têm vindo a ser
suscitadas quanto à regularidade, continuidade e qualidade assistencial das
prestações, - bem como quanto à idoneidade formativa do Hospital de Braga –
que, não sendo cabalmente esclarecedoras, suscitarão a solicitação pelo
Conselho Diretivo da ARS-N da intervenção da Inspeção-Geral das Atividades em
Saúde (IGAS)", informa o comunicado.
Na
segunda-feira, o SIM denunciou que os doentes anestesiados no Hospital de Braga
"correm riscos", que há carência de material, excesso de médicos
tarefeiros e que é feita a "utilização das salas para cirurgias
programadas que deviam estar disponíveis apenas para intervenções de
urgência".
A
ARS-N explica que, "relativamente às notícias que têm vindo a público a
esse propósito, solicitou informação ao conselho de administração do hospital
de Braga, que assegurou que não está em causa a segurança dos doentes".
Hoje,
também por comunicado, o Hospital de Braga afirmou que "refuta veementemente"
as denúncias do SIM e assegura que as regras de organização do trabalho médico
são "escrupulosamente" cumpridas.
No
entanto, apesar das garantias da administração, os anestesistas do Hospital de
Braga vão cumprir dois dias de greve, 30 e 31 de maio.
N. M.
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