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sábado, 25 de maio de 2013

'Nova UGT' disputa rua à CGTP

Esta semana, Cavaco Silva, Poiares Maduro e Arménio Carlos viram a nova face da UGT. Nenhum deles ficou satisfeito. Se o Governo, na concertação social, e Cavaco Silva, que recebeu Carlos Silva, perceberam que ficou mais difícil o consenso, a CGTP está a enfrentar uma nova realidade: disputar o mesmo terreno – o da marcação de greves e protestos – com a central rival.

No anúncio da greve da Função Pública, Carlos Silva ficou irritado por saber da greve marcada para Junho pela CGTP, sem ter sido ouvido para um entendimento comum. A par com as suas declarações públicas de protesto, telefonou a Arménio Carlos. A_UGT estava disposta a marcar uma greve para outro dia se não se chegasse a um entendimento. «Não nos deixarão fora da luta», disse Carlos Silva ao SOL.

Ana Avoila, a dirigente da frente comum de sindicatos da Função Pública (CGTP), que tinha afirmado que o entendimento com a UGT não era necessário, foi levada a recuar. Na terça já elogiava a vantagem da unidade na acção.

Carlos Silva sinaliza a nova postura da central, que pressiona a CGTP.«Os trabalhadores estão à espera de um sinal. Se esse sinal for construído em unidade – concretamente pela UGT e a CGTP –, isso teria um impacto extraordinário. Se for cada uma para seu lado, tem menos impacto e é isso que não interessa», declara.
A nova liderança da UGT está a disputar um terreno antes ocupado exclusivamente pela CGTP. O substituto de João Proença tem sido duro na concertação social e radical nas palavras contra o Governo. E mostra que não vai ficar para trás na marcação de greves.

Carlos Silva até se adiantou a Arménio Carlos a defender uma greve geral. Se o Governo não recuar no aumento do horário de trabalho e de novos cortes nas remunerações da Função Pública e nos despedimentos, será esse o caminho. Simbolicamente, falou à saída de Belém, após uma audiência com o Presidente da República. Um encontro em que Cavaco Silva pôde perceber como será mais difícil ‘amarrar’ a UGT ao acordo tripartido.«Se em cima da mesa se mantiver, com intransigência, um conjunto de medidas que agravam a vida dos portugueses, não temos outra alternativa senão fazer aquilo que queríamos evitar, que é conflitualidade social» – outra mensagem clara do sindicalista.

Nesta semana de todos os avisos, Poiares Maduro foi outro dos receptores da via musculada de Carlos Silva. A ronda da concertação que o ministro queria que tivesse uma agenda restrita ao chamado acordo de parceria deslizou para temas que o Governo não quer ouvir. «Antes de avançarmos com uma nova agenda têm de perceber que o acordo anterior tem de ser cumprido», explica Carlos Silva.

O ministro adjunto saiu da reunião descontente.«Diria uma coisa, e essa crítica faço-a aos parceiros sociais, eu fui para a reunião para discutir o acordo de parceria dos fundos comunitários e grande parte das intervenções dos parceiros sociais não foram sobre esse tema», queixou-se.

Proença sai até Agosto

Esta UGT mais aguerrida é saudada pela direcção do PS. Seguro contribuiu para deixar Carlos Silva mais solto ao escolher João Proença para o Secretariado do partido. Com as novas funções, deixa de ter o papel de conselheiro do novo líder da UGT.

Ao que o SOL apurou, Proença deixará até Agosto de prestar ajuda, sobretudo na concertação social, ao seu sucessor. Carlos Silva, antes de ser líder, em entrevista ao SOL, sublinhava o papel activo que Proença continuaria a ter. Essa contribuição foi encurtada.



PS: A rua chega para todos e todos são bem-vindos a ela. Só unidos se venccerão esses sicários de “satanás”!!!!

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