Desgraçadamente, sim!
Às vezes, e até muito frequentemente, o
actual governo avança sempre mais rumo ao divórcio com os portugueses,
especialmente os de menores recursos, mesmo que funcionários públicos sejam,
pois contra os “maiores” não sente coragem para lhes tocar como o faz com o “Portugal
dos pequeninos”.
Todos os que lêem estas palavras, talvez,
seja por experiência pessoal, seja por experiência que têm dos outros, estes
casos lamentáveis, onde todos saem cada vez mais sacrificados a um procedimento
que, no fundo, não resolve absolutamente nada.
Aliás, se este governo pudesse recuar no
tempo, regressar aos anos 60 do século passado, estou ciente de que até Salazar
tomaria todas as providências para evitar que exercesse as funções que hoje
exerce, uma vez que não admitiria jamais que agredissem o seu exclusivismo.
Do ponto de vista exclusivamente social, esta
forma de divórcio não é apenas um desastre, mas um crime.
O divórcio existe como um mal, mas é um mal
que existe, porque o senhor Pedro parece viver num mundo à parte. Mas,
concluído, que fará ele? De que maneira, ainda uma vez, salvar o que pode ser
salvo? Nesta grande lar que é Portugal e seu povo, desfeito pela única vontade
do senhor Pedro, como cuidar pelo menos do essencial?
Deveria poder responder-se que, desde logo,
com absoluta lealdade, que a possibilidade de limitar os danos é muito pequena.
De início, há poucos recursos para lutar contra o exemplo, mais frequentemente
contra o mau exemplo.
O cidadão mais “pequenino” não passa sem
ignorar certas realidades muito brutais da existência, ou, pelo menos, as
presentes.
Por poucos que sejam os indícios, muito vagos
no início, mais precisos depois e agora, que venha, delimitar a sua procura,
logo terá compreendido o verdadeiro motivo de um desentendimento que, em
determinado momento, até a união ou coligação no poder se tornará desunião.
De qualquer maneira, o dever dos políticos é
calar as queixas dos mais afectados pelos anunciados cortes nas pensões dos
reformados, sejam dos públicos ou dos privados.
Há outro dever, não menos imperioso: que o
presidente da República tome as devidas medidas ou, caso pretenda entrar de
novo em tabu, prolongado ou não, deverá ter a lucidez de se demitir, mas não
sem antes dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas.
Foi grande a euforia com esse regresso aos
mercados, com turco ou sem turco, mas certamente sem os portugueses, que, logo
nos dias subsequentes recebeu a “mui agradável notícia” de que as suas reformas
seriam taxadas em mais 10% e com efeitos retroactivos, ou seja, que não têm o
direito a manter a sua reforma base, e que só a partir de agora entrará em
vigor para quem se reformar, se o Tribunal Constitucional considerar preencher
os requisitos normais de legalidade para que o governo possa então avançar com
semelhantes medidas, que repugnam.
Quando os governantes agridem de forma
constante a lei geral do país, como podem pretender o respeito dos cidadãos?
E, convençam-se todos, os ditos governantes
em primeiro lugar, que dê por onde der,
o seu fim está a ser cavado pelas suas próprias “mãos”, e que nem o “padrinho
de Boliqueime” poderá fazer nada para amparar a sua queda final.
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