Comissão admite que existem ainda muitos
riscos, internos e externos
A Comissão
Europeia cortou as suas previsões económicas para Portugal, colocando-as em
linha com as do Governo português e da troika, da qual faz parte.
Na Previsões Económicas de Primavera, Bruxelas aponta agora para uma contração de 2,3% na economia nacional este ano, devendo Portugal voltar a crescer 0,6% em 2014, puxada pelas exportações e investimento, além da inversão no consumo privado.
A recessão nacional em 2013 é a terceira mais alta da União Europeia, ultrapassada apenas pela Grécia (4,2%) e Chipre (8,7%).
No entanto, a Comissão avisa que existem riscos de as previsões sofrerem ainda novas revisões em baixa, devido às novas medidas de austeridade, ainda não conhecidas na totalidade.
«Os riscos para as previsões apontam para baixo. As previsões macroeconómicas estão dependentes da implementação de medidas orçamentais no valor de 0,8% do Produto Interno Bruto, para compensar o impacto orçamental do chumbo do Tribunal Constitucional, e que ainda não são conhecidas em detalhe», escreve a Comissão.
E acrescenta: «além disso, a recuperação projetada depende de desenvolvimentos positivos nas trocas comerciais e nos mercados financeiros, que permanecem frágeis. As contínuas tensões na Zona Euro podem afetar Portugal através das trocas comerciais, dos mercados financeiros ou da confiança». Ou seja, se as exportações ou o emprego desiludirem, o cenário pode piorar.
Menos provável é o cenário de uma revisão em alta das projeções, o que só acontecerá se as condições de financiamento melhorarem para o país, e para o setor privado. «Portugal tem reconquistado gradualmente acesso aos mercados de dívida pública a taxas de juro mais favoráveis. Se esta tendência continuar, as condições de financiamento podem melhorar também para o setor privado», admite.
Desemprego de 18,5% devido à recessão e cortes na função pública
Quanto à taxa de desemprego, que deverá ser de 18,2% este ano, em termos médios, subirá novamente no ano que vem, para 18,5%, «consequência da recessão mais profunda do que se esperava e dos cortes adicionais esperados no emprego público».
As previsões da Comissão para o nosso país passam ainda por uma queda de 3,3% no consumo privado este ano e uma recuperação de apenas 0,1% em 2014. Já o consumo público, é para cair nos dois anos: 4,2% em 2013 e 2% no ano que vem. O investimento afunda 7,6% este ano, e recupera 2,5% em 2014.
Exportações abrandam mas ainda ajudam
No que se refere às trocas comerciais, Bruxelas prevê um abrandamento, após o crescimento de 3,3% no ano passado: uma subida de apenas 0,9% este ano, e de 0,4% no ano que vem. Mesmo assim, aumentos, que serão motivados pela crescente orientação para mercados extra-comunitários, diz.
Bruxelas sublinha que a reorientação da economia portuguesa para um crescimento baseado nas exportações «continua a bom ritmo»
No que toca a remunerações, Bruxelas estima um aumento de 3,1% este ano, mas uma estagnação no ano que vem. Os custos unitários de trabalho no conjunto da economia sobem 1,5% este ano, mas caem 1,1% em 2014.
Por fim, nota para as previsões relativas às poupanças das famílias: 12,3% do rendimento disponível, em termos brutos, este ano, e 12,4% no ano que vem.
«A fraca procura doméstica e o fraco mercado de trabalho deverão continuar a exercer pressão sobre salários e preços ao longo do período previsto, o que deve suportar a reorientação da economia para o setor dos bens transacionáveis», conclui.
Também as previsões para o conjunto da Zona Euro foram cortadas.
Na Previsões Económicas de Primavera, Bruxelas aponta agora para uma contração de 2,3% na economia nacional este ano, devendo Portugal voltar a crescer 0,6% em 2014, puxada pelas exportações e investimento, além da inversão no consumo privado.
A recessão nacional em 2013 é a terceira mais alta da União Europeia, ultrapassada apenas pela Grécia (4,2%) e Chipre (8,7%).
No entanto, a Comissão avisa que existem riscos de as previsões sofrerem ainda novas revisões em baixa, devido às novas medidas de austeridade, ainda não conhecidas na totalidade.
«Os riscos para as previsões apontam para baixo. As previsões macroeconómicas estão dependentes da implementação de medidas orçamentais no valor de 0,8% do Produto Interno Bruto, para compensar o impacto orçamental do chumbo do Tribunal Constitucional, e que ainda não são conhecidas em detalhe», escreve a Comissão.
E acrescenta: «além disso, a recuperação projetada depende de desenvolvimentos positivos nas trocas comerciais e nos mercados financeiros, que permanecem frágeis. As contínuas tensões na Zona Euro podem afetar Portugal através das trocas comerciais, dos mercados financeiros ou da confiança». Ou seja, se as exportações ou o emprego desiludirem, o cenário pode piorar.
Menos provável é o cenário de uma revisão em alta das projeções, o que só acontecerá se as condições de financiamento melhorarem para o país, e para o setor privado. «Portugal tem reconquistado gradualmente acesso aos mercados de dívida pública a taxas de juro mais favoráveis. Se esta tendência continuar, as condições de financiamento podem melhorar também para o setor privado», admite.
Desemprego de 18,5% devido à recessão e cortes na função pública
Quanto à taxa de desemprego, que deverá ser de 18,2% este ano, em termos médios, subirá novamente no ano que vem, para 18,5%, «consequência da recessão mais profunda do que se esperava e dos cortes adicionais esperados no emprego público».
As previsões da Comissão para o nosso país passam ainda por uma queda de 3,3% no consumo privado este ano e uma recuperação de apenas 0,1% em 2014. Já o consumo público, é para cair nos dois anos: 4,2% em 2013 e 2% no ano que vem. O investimento afunda 7,6% este ano, e recupera 2,5% em 2014.
Exportações abrandam mas ainda ajudam
No que se refere às trocas comerciais, Bruxelas prevê um abrandamento, após o crescimento de 3,3% no ano passado: uma subida de apenas 0,9% este ano, e de 0,4% no ano que vem. Mesmo assim, aumentos, que serão motivados pela crescente orientação para mercados extra-comunitários, diz.
Bruxelas sublinha que a reorientação da economia portuguesa para um crescimento baseado nas exportações «continua a bom ritmo»
No que toca a remunerações, Bruxelas estima um aumento de 3,1% este ano, mas uma estagnação no ano que vem. Os custos unitários de trabalho no conjunto da economia sobem 1,5% este ano, mas caem 1,1% em 2014.
Por fim, nota para as previsões relativas às poupanças das famílias: 12,3% do rendimento disponível, em termos brutos, este ano, e 12,4% no ano que vem.
«A fraca procura doméstica e o fraco mercado de trabalho deverão continuar a exercer pressão sobre salários e preços ao longo do período previsto, o que deve suportar a reorientação da economia para o setor dos bens transacionáveis», conclui.
Também as previsões para o conjunto da Zona Euro foram cortadas.
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