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quinta-feira, 2 de maio de 2013

«POLÍTICOS DE PORTUGAL»

Antes de mais, permitam-me uma pergunta: “porquê toda a vossa arrogância, toda a vossa ambição, todo esses miserável desprezo para com aqueles que vos elegeram?»

Posso garantir-lhes, “caros senhores” – referindo-me aos que hoje detêm a maioria – que não faço parte dessa maioria que vos elegeu e vos deu a oportunidade de pisar os portugueses com todo o vosso peso, e o das vossas carteiras bem recheadas.

Mas, continuando, devo dizer-lhes quanto me sinto orgulhoso em ser português, povo nobre, sério e honesto, que sempre lutou contra as adversidades que a miserável vida que lhes proporcionam, humilhando-o até mais não poderem.

O meu orgulho nada tem a ver com certas castas que nem deviam existir entre nós, dentro das quais se anicham todos aqueles que prometem mentindo descaradamente, oferecendo aos portugueses apenas mais impostos e um nível de vida impróprio de gente de bem.

Pelo contrário, é recordando a história da Lusa-Pátria que sinto esse orgulho de poder pertencer a um povo que apesar de ter sofrido todos os martírios das várias ditaduras, monárquicas e depois republicanas, foi capaz de delas se livrar, auxiliados pelos militares em Abril de 1974.

Infelizmente, cansado de sofrer e incapaz de saber reagir atempadamente, e sobretudo confiante naqueles que tem vindo a eleger desde então, o povo português sente que ou toma a única decisão para se libertar das vossas garras, que lhe rasgam a alma, viu numa certa juventude a esperança de alteração do estado em que o país se encontrava, votou nela e conseguiu pôr o país nas mãos erradas, aquelas que assinam os decretos que roubam as reformas e os salários ou subsídios a que têm direito e pelos quais lutou vários anos.

Infelizmente ainda, votaram também num presidente da República anémico e um tanto acéfalo, que parece possuir um olho só, o direito e que só vê para esse lado, que os acolita, os protege e os incentiva a cortar sempre mais aos direitos sociais do povo português.

Diz um ditado antigo o seguinte: “não há mal que sempre dure e bem que se não acabe”, que o povo, na sua sabedoria invoca muitas vezes, ao mesmo tempo que clama pela justiça social a que tem direito e que os “caros políticos” pretendem negar-lhes.

A vossa teimosia, todos os sinais o deixam crer, em breve terminará e os cidadãos poderão vltar a respirar livremente, sem se incomodarem com todos esses polens que andam pelo ar, causando alergias cada vez mais renitentes, mas que causam no povo toda a saturação a vosso respeito.

De entre todas as vossas ofensas, constam aquelas que vos levam a roubar às reformas daqueles que trabalharam toda uma vida, pondo a bom recato o vosso dinheiro, que não circula, como o dos vossos amigos, obrigando aqueles que lutam no dia-a-dia, ou já lutaram, a pagar os roubos cometidos por alguns, vá-se lá saber os seus nomes…

Se houvesse a necessária lucidez e espírito de justiça social neste país, se houvesse alguém capaz de observar lucidamente tudo quanto fazem, ser-lhes-ia impossível continuarem nesse vosso rumo errado, que já fez tremer a coligação governamental e que irá ser, sem dúvida, a causa da vossa falência total.

Portugal e cidade do Porto, 2 de Maio de 2013! Que esperam por se demitir em bloco?


PS: Se outro remédio não houver, que se demitam todos os deputados dos partidos da oposição..!!!

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