Antes de mais, permitam-me uma pergunta: “porquê
toda a vossa arrogância, toda a vossa ambição, todo esses miserável desprezo
para com aqueles que vos elegeram?»
Posso garantir-lhes, “caros senhores” –
referindo-me aos que hoje detêm a maioria – que não faço parte dessa maioria
que vos elegeu e vos deu a oportunidade de pisar os portugueses com todo o vosso
peso, e o das vossas carteiras bem recheadas.
Mas, continuando, devo dizer-lhes quanto me
sinto orgulhoso em ser português, povo nobre, sério e honesto, que sempre lutou
contra as adversidades que a miserável vida que lhes proporcionam, humilhando-o
até mais não poderem.
O meu orgulho nada tem a ver com certas
castas que nem deviam existir entre nós, dentro das quais se anicham todos
aqueles que prometem mentindo descaradamente, oferecendo aos portugueses apenas
mais impostos e um nível de vida impróprio de gente de bem.
Pelo contrário, é recordando a história da
Lusa-Pátria que sinto esse orgulho de poder pertencer a um povo que apesar de
ter sofrido todos os martírios das várias ditaduras, monárquicas e depois
republicanas, foi capaz de delas se livrar, auxiliados pelos militares em Abril
de 1974.
Infelizmente, cansado de sofrer e incapaz de
saber reagir atempadamente, e sobretudo confiante naqueles que tem vindo a
eleger desde então, o povo português sente que ou toma a única decisão para se
libertar das vossas garras, que lhe rasgam a alma, viu numa certa juventude a
esperança de alteração do estado em que o país se encontrava, votou nela e
conseguiu pôr o país nas mãos erradas, aquelas que assinam os decretos que
roubam as reformas e os salários ou subsídios a que têm direito e pelos quais
lutou vários anos.
Infelizmente ainda, votaram também num
presidente da República anémico e um tanto acéfalo, que parece possuir um olho
só, o direito e que só vê para esse lado, que os acolita, os protege e os
incentiva a cortar sempre mais aos direitos sociais do povo português.
Diz um ditado antigo o seguinte: “não há mal
que sempre dure e bem que se não acabe”, que o povo, na sua sabedoria invoca
muitas vezes, ao mesmo tempo que clama pela justiça social a que tem direito e
que os “caros políticos” pretendem negar-lhes.
A vossa teimosia, todos os sinais o deixam
crer, em breve terminará e os cidadãos poderão vltar a respirar livremente, sem
se incomodarem com todos esses polens que andam pelo ar, causando alergias cada
vez mais renitentes, mas que causam no povo toda a saturação a vosso respeito.
De entre todas as vossas ofensas, constam
aquelas que vos levam a roubar às reformas daqueles que trabalharam toda uma
vida, pondo a bom recato o vosso dinheiro, que não circula, como o dos vossos
amigos, obrigando aqueles que lutam no dia-a-dia, ou já lutaram, a pagar os
roubos cometidos por alguns, vá-se lá saber os seus nomes…
Se houvesse a necessária lucidez e espírito
de justiça social neste país, se houvesse alguém capaz de observar lucidamente
tudo quanto fazem, ser-lhes-ia impossível continuarem nesse vosso rumo errado,
que já fez tremer a coligação governamental e que irá ser, sem dúvida, a causa
da vossa falência total.
Portugal e cidade do Porto, 2 de Maio de
2013! Que esperam por se demitir em bloco?
PS: Se outro remédio não houver, que se
demitam todos os deputados dos partidos da oposição..!!!
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