Terra de passagem, terra de invasões também,
Portugal foi atravessado por demasiados povos de toda a espécie para ter uma
população homogénea.
E a emigração, sobretudo desde há cerca de
sessenta anos, mas também a vinda de alguns estrangeiros, mais não faz que
acentuar ainda uma diversidade que se manifesta também sobre o plano da “raça”
que sobre o do carácter.
Que de comum, com efeito, entre o senhor
Pedro, homem íntegro e de alto valor teórico, mas também calórico, ou outros
tão frequentes pelas bandas da capital, e o pequeno homem moreno, de
corpulência medíocre, que se encontra no litoral do sul do país?
Se eu fosse o que não sou e jamais serei, pois
sempre admirei e admiro as belas mulheres do meu ou de outros países,
certamente que escolheria algum do tipo do senhor Pedro, que, com toda a sua
virilidade dá mostras de ser o homem que nunca foi, não é nem nunca será, uma
vez que possui uma forma de ser agressiva, irascível, e que espeta cada “milongada…”,
que só por si coloca os portugueses em efervescência, com vontade de lhe partir
a cara, ou, como se diz, “dar-lhe o arroz”.
Jamais senti esse sentimento a que chamam
medo, não temo nada ou ninguém, muito
menos temo o senhor Pedro que, se ler estas linhas, poderá não gostar muito do
que digo, mas que Deus lhe dê a paciência que me escapou como água por entre os
dedos.
Aliás, se bem conheço o senhor Pedro, neste
momento deve estar a tentar engendrar mais uma forma de nos extorquir mais do
que nos pertence, tentando também arranjar mais uma desculpa esfarrapada, mesmo
ferida de inconstitucionalidade, para depois dizer que se trata de uma
emergência nacional e tentar, como o seu choradinho agressivo, demover o
Tribunal Constitucional depois de tentar convencer também as oposições.
Entretanto, há quem afirme que existe pelo
mundo um certo tipo de humano, que, na parte física como na moral, não há
nenhum que se pareça com qualquer outro e que, é preciso vincá-lo bem, dá pelo
nome de português, mas e uma vez mais o digo solenemente, prefiro as
portuguesas, loiras ou morenas ou ainda as ruivas.
Ora, como nem sou racista nem xenófobo, nem me
importo que se trate de uma “bela moura encantada”, como a cantada em companhia
com o rio Lis que banha Leiria.
Mas, apesar de não ser nem racista nem
xenófobo, cada vez sinto mais vontade de ver o senhor Pedro pelas costas, ou
seja, fora do governo de Portugal, estando convencido de que muitos portugueses
me fazem companhia, uma vez que está continuamente a tentar engendrar novas
maneiras de nos extorquir, mesmo ilegalmente, o que nos pertence por direito.
Por seu lado e a seu lado, o presidente da
República tudo lhe permite, errando em tardar a convocar o Conselho de Estado
para que este se pronuncie sobre a continuidade, ou não – e espero que diga não
– à continuidade de semelhante governo liderado por um indivíduo que até sonha
nas formas de dar cabo da vida aos trabalhadores e aposentados, sejam ou não do
sector público.
Sentimentos recalcados, ou recalcamentos que
se tratam em psiquiatria.
O senhor Pedro nunca ouviu o velho ditador
afirmar que os portugueses para além de viverem no país dos brandos costumes,
se tornavam rebeldes quando lhes chagava a mostarda ao nariz, como creio que
voltou a chegar desde que o senhor Pedro teve a triste ideia de se revoltar
contra os cidadãos, sem qualquer explicação plausível.
Desde muito jovem em África, mais
precisamente em Angola, parece que se habituou a dar ordens aos “criados” que
seus pais possuíam na ex-colónia ou ex-província ultramarina, como o ditador
gostava de lhes chamar.
Duas obsessões tomaram conta do senhor Pedro:
armar-se em o mais honesto do mundo, afirmando que quem tem uma dívida a deve
pagar rapidamente, custe o que custar e doa a quem doer, e para tal entrar nos
bolsos dos portugueses sem qualquer pudor; mas também a de que tudo sabe e
sobretudo que é indispensável tudo quanto diz e faz, nem que manda para o
cemitério todos os velhos do país.
Noutro país qualquer, onde a justiça
funcionasse bem e soubesse impôr-se a tantas manigâncias, já o senhor Pedro se
encontraria demitido e já teríam mesmo marcado a data de eleições antecipadas,
para poderem proporcionar uma vida decente aos cidadãos e cidadãs portuguesas,
pondo fim ao regabofe de roubos que se verificam quase diariamente neste país
onde até os visigodos são melhor vistos que os nacionais.
O português em geral tem o dever de mostrar a
sua “raça” e exigir o despedimento de quem os tem tiranizado e pretende
continuar a fazê-lo sem qualquer pudor.
Os portugueses já deram mostra de que sabem o
que querem, como também o souberam em 1640 e, sobretudo em 1974. De que estarão
à espera?
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