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sexta-feira, 10 de maio de 2013

«OS PORTUGUESES»

Terra de passagem, terra de invasões também, Portugal foi atravessado por demasiados povos de toda a espécie para ter uma população homogénea.

E a emigração, sobretudo desde há cerca de sessenta anos, mas também a vinda de alguns estrangeiros, mais não faz que acentuar ainda uma diversidade que se manifesta também sobre o plano da “raça” que sobre o do carácter.

Que de comum, com efeito, entre o senhor Pedro, homem íntegro e de alto valor teórico, mas também calórico, ou outros tão frequentes pelas bandas da capital, e o pequeno homem moreno, de corpulência medíocre, que se encontra no litoral do sul do país?

Se eu fosse o que não sou e jamais serei, pois sempre admirei e admiro as belas mulheres do meu ou de outros países, certamente que escolheria algum do tipo do senhor Pedro, que, com toda a sua virilidade dá mostras de ser o homem que nunca foi, não é nem nunca será, uma vez que possui uma forma de ser agressiva, irascível, e que espeta cada “milongada…”, que só por si coloca os portugueses em efervescência, com vontade de lhe partir a cara, ou, como se diz, “dar-lhe o arroz”.

Jamais senti esse sentimento a que chamam medo, não temo nada ou ninguém,  muito menos temo o senhor Pedro que, se ler estas linhas, poderá não gostar muito do que digo, mas que Deus lhe dê a paciência que me escapou como água por entre os dedos.

Aliás, se bem conheço o senhor Pedro, neste momento deve estar a tentar engendrar mais uma forma de nos extorquir mais do que nos pertence, tentando também arranjar mais uma desculpa esfarrapada, mesmo ferida de inconstitucionalidade, para depois dizer que se trata de uma emergência nacional e tentar, como o seu choradinho agressivo, demover o Tribunal Constitucional depois de tentar convencer também as oposições.

Entretanto, há quem afirme que existe pelo mundo um certo tipo de humano, que, na parte física como na moral, não há nenhum que se pareça com qualquer outro e que, é preciso vincá-lo bem, dá pelo nome de português, mas e uma vez mais o digo solenemente, prefiro as portuguesas, loiras ou morenas ou ainda as ruivas.

Ora, como nem sou racista nem xenófobo, nem me importo que se trate de uma “bela moura encantada”, como a cantada em companhia com o rio Lis que banha Leiria.

Mas, apesar de não ser nem racista nem xenófobo, cada vez sinto mais vontade de ver o senhor Pedro pelas costas, ou seja, fora do governo de Portugal, estando convencido de que muitos portugueses me fazem companhia, uma vez que está continuamente a tentar engendrar novas maneiras de nos extorquir, mesmo ilegalmente, o que nos pertence por direito.

Por seu lado e a seu lado, o presidente da República tudo lhe permite, errando em tardar a convocar o Conselho de Estado para que este se pronuncie sobre a continuidade, ou não – e espero que diga não – à continuidade de semelhante governo liderado por um indivíduo que até sonha nas formas de dar cabo da vida aos trabalhadores e aposentados, sejam ou não do sector público.

Sentimentos recalcados, ou recalcamentos que se tratam em psiquiatria.

O senhor Pedro nunca ouviu o velho ditador afirmar que os portugueses para além de viverem no país dos brandos costumes, se tornavam rebeldes quando lhes chagava a mostarda ao nariz, como creio que voltou a chegar desde que o senhor Pedro teve a triste ideia de se revoltar contra os cidadãos, sem qualquer explicação plausível.

Desde muito jovem em África, mais precisamente em Angola, parece que se habituou a dar ordens aos “criados” que seus pais possuíam na ex-colónia ou ex-província ultramarina, como o ditador gostava de lhes chamar.

Duas obsessões tomaram conta do senhor Pedro: armar-se em o mais honesto do mundo, afirmando que quem tem uma dívida a deve pagar rapidamente, custe o que custar e doa a quem doer, e para tal entrar nos bolsos dos portugueses sem qualquer pudor; mas também a de que tudo sabe e sobretudo que é indispensável tudo quanto diz e faz, nem que manda para o cemitério todos os velhos do país.

Noutro país qualquer, onde a justiça funcionasse bem e soubesse impôr-se a tantas manigâncias, já o senhor Pedro se encontraria demitido e já teríam mesmo marcado a data de eleições antecipadas, para poderem proporcionar uma vida decente aos cidadãos e cidadãs portuguesas, pondo fim ao regabofe de roubos que se verificam quase diariamente neste país onde até os visigodos são melhor vistos que os nacionais.

O português em geral tem o dever de mostrar a sua “raça” e exigir o despedimento de quem os tem tiranizado e pretende continuar a fazê-lo sem qualquer pudor.


Os portugueses já deram mostra de que sabem o que querem, como também o souberam em 1640 e, sobretudo em 1974. De que estarão à espera?

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