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sexta-feira, 17 de maio de 2013

«O POVO, A TROIKA E O GOVERNO PORTUGUÊS»

O povo tem sido vítima das mentiras dos governantes no que respeita aos ditames da troika, tal como o presidente da República tem encoberto todas essas mentiras. Portanto, têm abusado da confiança da cidadania, pelo que é justo que este se sinta submetido a um regime de liberdade controlada.

Os portugueses têm assistido às idas e vindas dos governantes – Lisboa – Bruxelas – Paris – Berlim – Lisboa – sobretudo estas, embora assista também a certas idas a Washington ou Nova Iorque, como também outros destinos, tudo tentando para que inculquemos que todas essas idas e vindas se destinam a projectar o país nos mercados externos.

O que é certo, é que, se fossem obrigados a ir de bicicleta ou de patins em linha, nenhum deles saíria do país. A promiscuidade dos aviões e dos carros de luxo com motoristas às ordens, são o eterno problema que não querem remediar. E porquê? Porque, esteja o país e o povo como estiver, à borda do abismo ou bem lá no fundo, para esses senhores não importa como nem quanto gastam.

E, também, quando o presidente se desloca a qualquer país, leva consigo uma grande comitiva de supostos investidores, que raramente investem intra-muros do país, gozando com o imenso desemprego que todavia se alastra, pois procuram, à nossa custa, novos mercados onde os salários dos trabalhadores sejam ainda mais baixos que cá dentro.

«Se fui eleito foi porque recebi o voto do povo. E, se o recebi, sou o representante dele, e posso e devo gastar o que for necessário para bem do país que represento. E se não estiverem contentes, que me importa? Têm de me gramar enquanto durar o meu tempo de governança,  queiram ou não, como terão de gramar todas as medidas de austeridade que imponha em nome do bem-estar da nação», pensam os “eleitos”, pensando outras coisas mais que não sentem coragem de dizer aos cidadãos, mas pondo-as em prática, para nosso mal.

É preciso ter em conta que, dentro de algum tempo, serão substituídos por outros, de outros partidos, que farão a mesmíssima coisa, afirmando tratar-se de tentar “remediar” todo o mal feito até então. Isto apesar de saberem que sabemos que nem tudo terá remédio e que contratos assinados devem ser respeitados.

Pelo que se sabe, ninguém que não tenha tido, antes de tudo, a certeza, ou pelo menos a esperança do seu soerguimento, jamais se pode corrigir. Será que todos esses políticos no activo ou já não se corrigiram algum dia? Será que têm essa necessidade, se gozam de um estatuto completamente diferente que qualquer cidadão?

Isso não se obtém adoptando algumas providências, muito exteriores para atingir a verdadeira personalidade. Esta, voluntariamente ou não, dobrou-se. Essa flexão é devida a uma falta de tensão, a um ruptura de equilíbrio. Tudo cedeu, de uma só vez ou aos poucos, não importa, mas cedeu e o povo, uma vez mais, sofreu.


Evidentemente, não é o desencorajamento, a autodesconfiança, o desgosto que poderão curar uma personalidade, mais profundamente lesada na sua estrutura do que geralmente se crê. A dureza do coração, a intransigência teriam o efeito de destruir toda a esperança de reerguimento.

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