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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Membro do BCE admite o fim da troika

Jörg Asmussen diz que é preciso substituir a troika mas não «a meio da crise»

O membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) Jörg Asmussen admitiu esta quarta-feira o fim da 'troika', mas apenas quando o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) for uma instituição «plena» da União Europeia.

Num debate na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu sobre o resgate a Chipre, a eurodeputada socialista Elisa Ferreira defendeu que «é preciso substituir a troika» (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), alegando que não existe «ninguém que seja responsável» e sustentando que é «preciso mudar para um regime de base europeia».

A deputada perguntou ao membro do conselho executivo do Banco Central Europeu Jörg Asmussen e ao comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, presentes no debate, quando será possível «ter o fim da troika?»

Na resposta, Jörg Asmussen reconheceu, citado pela Lusa, que o «modelo tem de ser alterado», mas desaconselhou que a troika acabe no momento atual, «a meio de uma crise», quando não existem alternativas.

Asmussen admitiu, contudo, que a troika possa deixar de existir quando o MEE se tornar numa instituição «plena» da União Europeia.

O membro do conselho executivo do BCE elogiou ainda o desempenho da troika, afirmando que as três instituições têm «trabalhado bastante bem».

Durante o debate, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários reiterou que a primeira parcela da ajuda financeira a Chipre, no valor de 10 mil milhões de euros, será desbloqueada dentro de «poucos dias».

Olli Rehn voltou a dizer que os problemas de Chipre tiveram origem num setor bancário sobredimensionado e afirmou que uma das lições que podem ser retiradas do processo de negociação do resgate cipriota é que a União Europeia precisa de uma união bancária.

=TVI24=

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