A coligação governamental acaba de confiscar
as pensões de aposentação dos portugueses, quer no sector público quer no privado.
Acaba mesmo de confiscar o meio de sustento de centenas de milhar de
portugueses que vivem apenas da sua pensão após toda uma vida de trabalho. Com
a “infelizmência” que temos como presidente da República, tudo é permitido a um
governo que nunca soube o que é a solidariedade social nem conhece os reais
direitos do povo. Nem quer saber deles para nada, pois, como disse o outro, são
“a peste grisalha”.
Não! Não estou a brincar e muito menos a
exagerar. O “golpe de Estado” existe desde há pelo menos dois anos, e
sucedem-se as afirmações quer de uns quer dos outros membros da coligação que,
uma vez mais – estou disso convencido – irão dar trabalho ao Tribunal
Constitucional, caso as medidas avancem.
Não estou a falar de um golpe para reduzir ou
retirar o poder ao actual governo, mas a direita está em contínua prática do
golpe de Estado em Portugal, sem o mínimo respeito pelos direitos humanos.
Se com a Constituição de 1933 Portugal deu um
profundo mergulho no obscurantismo, desta feita preparam-se para que sejamos
todos a mergulhar em definitivo no mais profundo da nossa história.
Todos sabem que o actual governo recebe
apoios da Alemanha e de Frau Merkel, mas também de Inglaterra e de Espanha, sim, da Espanha e outros países
cujos governos são da direita também e que nem se dão ao trabalho de pensar que
existe a Magna Carta sobre os Direitos do Homem.
«É preciso reduzir na despesa de Estado, corta-se aos salários e
pensões, fabrica-se mais um ou dois impostos, obrigando a cidadania a passar tremendas
privações; logo de seguida vem a troika dizer ser necessário cortar ainda mais
às pensões que já são de miséria, e, depois de levantar umas certas ondas, o
Paulinho das feiras acaba por deixar de agitar as águas para evitar que o governo caia de pôdre!»
Para além de se viver na opressão, vive-se no
meio de toda uma “palhaçada” em que já nem os palhaços ricos se entendem, não
se podendo pretender que os pobres consigam compreender.
Os constitucionalistas falam, dizem que se
trata de medidas contra a “grande lei nacional” – a Constituição – uns partidos
da oposição afirmam que solicitarão a fiscalização prévia do Tribunal
Constitucional, o presidenta da República mantém-se silencioso e em “meditação
tabueira”, os cidadãos andam taciturnos e ao mesmo tempo apreensivos, e alguns
afirmam que, se as medidas avançarem, encontrar-nos-ão pela frente. Deixem-me
rir…
Quanto à imprensa falada ou escrita, os
jornalistas limitam-se a relatar os acontecimentos vindos da manipulação
burguesa e do desprezo votado aos cidadãos nacionais, que vivem como “almas
penadas” e vilipendiadas.
Quanto à justiça, muito teremos que esperar e
ir vendo como se mexem os cordelinhos das marionetas que somos todos nós nas
suas mãos.
Quanto à Assembleia da República, trata-se de
mais uma instância nacional que serve apenas para que a maioria aprove tudo
quanto emanado pelo governo, e derrote tudo quanto venha das oposições.
Enfim… o governo não se cansa de anunciar
golpes de Estado, seja no hemicíclo seja através dos órgãos de informação
trazendo-nos recordações do que se passava nos tempos da ditadura fascista,
desta vez com laivos de nazismo e seus ideais voltados contra os mais pobres,
como se se tratasse de judeus disfarçados.
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