Manuela Ferreira Leite não poupa
críticas ao documento enviado por Vítor Gaspar para Bruxelas e ao próprio
ministro das Finanças
Manuela
Ferreira Leite não poupou críticas ao Documento de Estratégia Orçamental
enviado por Vítor Gaspar para Bruxelas. No habitual espaço de comentário na
TVI24, nesta quinta-feira, a antiga ministra das Finanças considerou o DEO de
natureza teórica e sem nenhuma adesão à realidade.
«Trata-se de um documento de natureza teórica, que pouco acrescenta àquilo que gostaríamos de saber sobre o nosso futuro. Poderia ser uma tese de doutoramento e que aquilo que lhe faltava para ser uma verdadeira tese de doutoramento é que tem um modelo teórico sem nenhuma adesão à realidade. Não há um facto concreto que caiba dentro do modelo que está ali desenhado», defendeu.
«Estão bem fixados os objetivos que a troika que nos impôs, no que respeita ao défice, à evolução da dívida e depois constroem-se os outros indicadores, o investimento, o consumo, as exportações, as importações de forma a encaixar nos resultados que se pretendem atingir. É um exercício feito de pernas para o ar», criticou, acrescentando: «É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora numa carruagem. Está bom para contar aos meus netos mas não para nos dizer a nós.»
Manuela Ferreira Leite deu ainda mais exemplos sobre a falta de adequação do documento à realidade, quando este pressupõe que o consumo privado vai aumentar em 2014. «Gostaríamos muito que aumentasse, agora não há nada naqueles quadros e naqueles números que nos faça perceber por que o consumo vai aumentar, quando as únicas medidas que conhecemos não aumentam o rendimento das famílias», explicou.
A comentadora da TVI criticou ainda Vítor Gaspar por ter dito mal do país e do passado no DEO.
«Não me parece correto que o ministro das Finanças tenha transmitido a instâncias internacionais a ideia de que todos foram uns incompetentes e uns irresponsáveis até à data e que isto agora é que é o caminho certo», lamentou.
«Trata-se de um documento de natureza teórica, que pouco acrescenta àquilo que gostaríamos de saber sobre o nosso futuro. Poderia ser uma tese de doutoramento e que aquilo que lhe faltava para ser uma verdadeira tese de doutoramento é que tem um modelo teórico sem nenhuma adesão à realidade. Não há um facto concreto que caiba dentro do modelo que está ali desenhado», defendeu.
«Estão bem fixados os objetivos que a troika que nos impôs, no que respeita ao défice, à evolução da dívida e depois constroem-se os outros indicadores, o investimento, o consumo, as exportações, as importações de forma a encaixar nos resultados que se pretendem atingir. É um exercício feito de pernas para o ar», criticou, acrescentando: «É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora numa carruagem. Está bom para contar aos meus netos mas não para nos dizer a nós.»
Manuela Ferreira Leite deu ainda mais exemplos sobre a falta de adequação do documento à realidade, quando este pressupõe que o consumo privado vai aumentar em 2014. «Gostaríamos muito que aumentasse, agora não há nada naqueles quadros e naqueles números que nos faça perceber por que o consumo vai aumentar, quando as únicas medidas que conhecemos não aumentam o rendimento das famílias», explicou.
A comentadora da TVI criticou ainda Vítor Gaspar por ter dito mal do país e do passado no DEO.
«Não me parece correto que o ministro das Finanças tenha transmitido a instâncias internacionais a ideia de que todos foram uns incompetentes e uns irresponsáveis até à data e que isto agora é que é o caminho certo», lamentou.
=TVI24=
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