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segunda-feira, 20 de maio de 2013

«ACORDA PORTUGAL»

O facto terá sérias repercussões no futuro…
O governo quer contratar médicos brasileiros e cubanos, também espanhóis para trabalharem nas áreas mais carentes do país.

Por sua vez, o Brasil também pretende recrutar médicos cubanos e ou portugueses que se sintam descontentes e não realizados em Portugal.

É preciso chamar a atenção para o seguinte, no respeitante a Cuba e a Portugal.

Cuba é um país muito pequeno, sendo fácil ajustar a formação profissional às necessidades da sociedade, tornando-se, no mínimo estranho que haja tantos médicos desocupados, a ponto de responderem favoravelmente aos apelos que lhes são dirigidos.

Quanto a Portugal, não se pode compreender que todas as fornadas de jovens médicos que se licenciam todos os anos, permaneçam comodamente instalados nas grandes cidades, especialmente Lisboa, Porto e Coimbra, mas também Braga, Viana do Castelo, Portalegre, Castelo Branco e Évora ou Faro, Madeira e Açores…

Mas, vendo tudo quanto tem sido feito com os serviços de saúde, que têm sido encerrados por questões puramente economicistas, também é difícil compreender como é possível que se sinta falta de médicos em Portugal, fora dos grandes centros.

Logo que aconteceu o 25 de Abril de 1974, foram criadas disposições legais que obrigavam todos os médicos, após o internato e a especialização, a instalar-se na dita província, recebendo um suplemento juntamente com o seu salário, o que permitia às populações do interior, hoje quase ao abandono, recorrer ao médico sem ter de percorrer muitos quilómetros, até porque o único carro que muitas pessoas conheciam, era o de bois ou de burros, dependendo da área geográfica.

Não se trata de qualquer teoria conspirativa; o assunto é gravíssimo, pelo que peço seja apreciado com toda a atenção.

Não se trata de qualquer rebelião xenófoba, apenas de ter em conta a qualidade de formação desses profissionais e compará-la à dos nossos médicos, estando abaixo da crítica. Note-se que o destino dessas pessoas será o Portugal mais profundo, menos desenvolvido do país, onde todos os serviços prestados pelo governo já são péssimos, praticamente inexistentes, sobretudo nas questões de segurança em todas as suas vertentes.

Ora, se vierem para cá esses médicos, após terem militado pelo período de tempo estabelecido e aceite, é perfeitamente compreensível que queiram oportunidades noutros locais, como os grandes centros, é aí, o governo português ver-se-á, seja qual for, em palpos de aranha em relação aos licenciados nas faculdades nacionais, que pretenderão os lugares ocupados – hipoteticamente – pelos cubanos, espanhóis e brasileiros, sem terem de ir fazer o «estágio» na província.

Razão pela qual a vinda desses senhores e senhoras deve ser abortada, até porque já existem demasiados problemas no sector da saúde. Por outro lado e apesar de apresentarem os diplomas, quem garantirá que se trate de médicos reais? No respeitante a Cuba, por exemplo, como pode garantir o seu sistema de saúde e exportar tantos médicos? Quanto aos espanhóis e brasileiros, que o governo daquele país já fez saber que não exportará nem mais um, se uns são nuestros hermanos e os outros nossos irmãos do lado de lá do Atlântico, são também necessários nos seus países.

Nada me move contra os cubanos e até admiro bastante a “Ilha” e a sua forma de estar no mundo, mas com todos os diabos, para quê e porquê importar médicos estrangeiros se basta um decreto ou uma portaria para que os nossos façam o que não querem fazer, ou seja, dar o seu saber aos seus concidadãos, sobretudo esses do “cisma grisalho”, que tanto precisam de apoio na sua solidão de velhice, uma vez que por todos foram abandonados a uma sorte um tanto macabra.

Por Portugal e S. Jorge – como diria alguém – e com a inspiração de Nossa Senhora de Fátima – mobilizem os médicos nacionais – para darem assistência aos cidadãos que a não têm e que gastam todos os seus cêntimos em taxis para percorrerem os quilómetros que os separam de uma receita médica mensal, mesmo se desdobrada em três; os problemas medicamentosos não surgem apenas nas cidades e depois de anos a tomar a mesma coisa, por vezes acontecem as rejeições que podem ser graves.

Acorda Portugal! Acordai Portugueses!

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