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quinta-feira, 16 de maio de 2013

OCDE: ajuda de Portugal aos países pobres é «imperativo moral»

Organização quer que país continue a contribuir para «trazer países extremamente pobres para a classe média»

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) quer que Portugal continue a ajudar os países mais pobres e a apoiar o seu desenvolvimento, considerando mesmo que essa ajuda é um «imperativo moral».

O presidente do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE pediu ao Governo português para que mantenha o seu esforço de ajuda aos países pobres, apesar dos problemas económicos que atravessa.

«É extremamente importante que Portugal mantenha o nível da sua ajuda (publica ao desenvolvimento) mesmo nestes tempos difíceis de crise e austeridade. É um imperativo moral - Jesus Cristo disse o que queres que façam por ti deves fazer pelos outros ¿ mas é também uma boa prática de política externa», disse Erik Solheim citado pela Lusa.

Questionado sobre a redução da ajuda dos países ricos aos Estados em desenvolvimento, que em 2012 sofreu uma quebra pelo segundo ano consecutivo segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Erik Solheim considerou tratar-se «de um absoluto mito» a ideia de que a ajuda pública ao desenvolvimento está em declínio.

«Reduziu-se na Europa do Sul devido à crise, mas no resto da Europa, nos Estados Unidos e em outros locais não se reduziu e globalmente está a aumentar, nomeadamente no Brasil, China e Turquia», disse, escusando-se a comentar o facto de a grande maioria dos países provavelmente falhar a meta estabelecida pelas Nações Unidas, de, até 2015, destinar 0,7% do seu Rendimento Nacional Bruto à ajuda aos países pobres. 

O presidente do organismo da OCDE que monitoriza a ajuda dos países desenvolvidos aos países pobres falava hoje de manhã aos jornalistas à margem de um seminário internacional sobre cooperação e ajuda ao desenvolvimento em tempos de crise, que decorre até sexta-feira em Lisboa.

Erik Solheim, que foi o orador convidado do encontro, defendeu durante a sua intervenção que é possível cumprir a meta e erradicar a pobreza extrema no mundo até 2030, considerando que os recursos existem e que o que é preciso é mobilizar a vontade política dos atores principais, nomeadamente Estados Unidos e China.

«Temos que mobilizar a matéria-prima mais preciosa do mundo: a vontade política para de uma vez por todas erradicarmos a pobreza extrema do mundo. Podemos fazê-lo, temos todos os recursos e sabemos como fazê-lo», disse.

Solheim lembrou que a pobreza extrema foi reduzida à razão de 01 por cento ao ano desde 1990, sobretudo graças ao crescimento económico da China, e sublinhou a necessidade de continuar neste caminho para «retirar o resto do mundo» da pobreza.

Erik Solheim defendeu ainda como «crucial» neste processo a participação do setor privado nos programas de cooperação e ajuda ao desenvolvimento e sustentou que desenvolvimento e ambiente sustentável são indissociáveis.

Para o presidente do CAD, os países têm que focar-se nos «extremamente pobres» para os conseguir trazer para a classe média, apontando o microcrédito, o apoio aos pequenos agricultores, o respeito pelos direitos humanos e o fim das discriminações como algumas das formas de alcançar esse objetivo.

=TVI24=

PS: A OCDE até parece que não sabe que milhares de portugueses vivem em profunda miséria e fome.

Sendo solidário, defendo que a solidariedade bem começada é aquela que se inicia dentro de portas, ou fronteiras.

Se até as crianças, muitas crianças só conseguem uma refeição nas escolas que frequentam

Se não acreditam, venham cá que lhes mostrarei bem onde existe toda essa miséria que tanto aflige as IPSS e outras instituições de benemerência.

O que a OCDE pretende, de momento é impossível, pois antes de tudo deve acudir-se à fome e miséria dentro da nossa casa.

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