Da pré-história até
ao século XIX, a agricultura era o principal suporte da populaçãon em todo o
lado. O trabalho dos camponeses variava com as estações do ano e a natureza das
suas tarefas dependia da localização e do clima.
Na Europa
Meridional, por exemplo, os verões quentes e os invernos moderados permitiam
que o trabalho continuasse ao longo do ano e determinavam quais cultivos, como
a oliveira e a vinha. Os camponeses do Norte da Europa estavam muito mais
cerceados quanto ao que podiam fazer crescer.
A vida de qualquer
camponês incluía uma série de actividades. Alguns trabalhavam exclusivamente a
terra, mas outros utilizavam o seu tempo em actividades como a tecelagem, a
carpintaria, a produção de cerveja ou a cerâmica. Nas áreas de floresta
deitavam abaixo árvores, construiam cancelas de vime e queimavam carvão.
Próximo do mar, muitos combinavam a pesca com a lavoura.
A família camponesa
trabalhava como uma unidade: quando o homem estava ocupado noutro local, as mulheres
e as filhas mantinham a quinta, cuidando do gado, alimentando as galinhas,
levando os porcos para a forragem, apanhando lenha e fazendo manteiga e quijo.
As mulheres também trabalhavam no campo, mesmo em tarefas como desbastar blocos
de terra com malhos.
Complementavam os
rendimentos da família com as suas próprias artes – fiar, fazer rendas ou fazer
cestos. Durante as estações mais activas, outras tarefas tinham de ser postas
de lado, mas no inverno o trabalho extraordinário, eventualmente numa aldeia
próxima, era muito bem-vindo. As crianças também ajudavam na terra e muitas
vezes deixavam o lar com tenra idade para se tornarem criados ou aprendizes
numa cidade.
Os padrões de vida
variavam grandemente, dependendo da natureza da lavoura, da fertilidade do solo
e da disponibilidade de ocupações alternativas. O clima temperado do Sul da
Europa significava que era preciso menos roupas e menos aquecimento, os dias de
inverno eram mais longos e as casas podiam ser mais simples. Muitas habitações
de camponeses em Espanha, Itália, Grécia ou Portugal, não possuíam vidros nas
janelas até há bem pouco tempo.
As mais antigas casas de uma ou duas divisões, feitas com arbustos, lama seca e palha, ripas ou gesso ou ainda com outros materiais locais, vieram a ser substituídas por estruturas mais permanentes de madeira, pedra ou tijolo.
As casa foram
ficando mais elaboradas, com uma cozinha e uma despensa e com um andar superior
para dormir ou para guardar cereais, quijo e lã.
Mas, nalgumas áreas
sobreviveu a casa comprida, uma habitação de um só ndar, com a família e os
animais domésticos debaixo do mesmo tecto.
O pão era muitas
vezes feito de cerais baratos, como a aveia, a cevada e o centeio. Era também
muito importante o abastecimento de material combustível: lenha ou carvão
baratos possibilitavam mais pratos quentes e menos partilhas de fornos. Donas
de casa trocavam receitas que eram inscritas em grandes livros. Tirava-se o
maior partido possível do que podia ser apanhado nos bosques, baldios, rios e
mares: vísceras, ovos, coelhos e sardinhas figuravam proeminentemente nas
dietas.
A introdução da
batata, que se tornou vulgar no século XIX, foi uma inovação importante,
oferecendo uma alternativa nutritiva ao pão, o qual podia ficar caro após uma
má colheita.
Em Portugal, até à
entrada na Comunidade Económica Europeia, trabalhavam-se os campos e pescava-se
em toda a extensa costa marítima. Mas, devido a uma desastrosa PAC (Política
Agrícola Comum), deu-se o grande êxodo desde o interior do país para o litoral,
com o abandono das terras e de casas, mas aconteceu também o grande abate de
barcos de pesca, pois segundo os políticos, alguns dos quais ainda no activo e
em postos de importância, ficava mais barato importar praticamente tudo o que se
comia, até a fruta e o pescado.
Com tais políticas,
que hoje os mesmos contrariam, afirmando ser necessário pescar e trabalhar as
terras abandonadas, em demonstração cabal da hipocrisia e da submissão aos
desejos dos senhores da Europa, o que muito contribuiu para ao aparecimento da “crise”
que flagela gravemente os portugueses.
Em vez de fazerem
uma boa distribuição de todos os subsídios concedidos por Bruxelas,
limitaram-se a uma distribuição por entre os amigos e ricos empresários
agrícolas e da pesca, dando início a um retrocesso tremendo no nosso país,
fazendo das searas alentejanas – que eram uma espécie de celeiro de Portugal
- campos de golfe, mandando constrir
barragens cujas bacias servem apenas para turista ver e se divertir em
desportos náuticos, cujas águas não servem para regadio devido ao derrame de
óleos e combustíveis.
Entretanto,
mantiveram-se sempre os baixos salários, as baixas e pequenas políticas e hoje,
os memos que assim procederam falam aos portugueses do interior e da
necessidade de o repovoar e também o regresso da agricultura e das pescas,
demonstrando que todas aquelas políticas erradas, fundadas nos subsídios
concedidos através do pagamento do IVA, esse estúpido imposto europeu, que
colocaram Portugal no abismo em que se encontra.
Mas, como são
sempre os mais pobres quem paga pelos erros cometidos pelos políticos, riem-se
como alarves quando se decidem falar sobre o assunto. As novas tecnologias, a
industrialização do país, como se pode constatar não dá de comer ao povo, que
vive na miséria e na fome, devido às péssimas políticas praticadas desde Abril
de 1974, data da Revolução dos Cravos
que pôs fim à ditadura salazarista, mas dando lugar á ditadura da fome e da
miséria.
Qualquer similitude
com alguns, que possam doer-se do que digo, será mera coincidência.
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