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quarta-feira, 27 de março de 2013

Agora é Vítor Bento quem diz: "Ai resiste, resiste"


O conselheiro de Estado, Vítor Bento, entende que o Governo “tem de ter resiliência”, e “não tem outro remédio”, se não resistir a um chumbo do Tribunal Constitucional ao Orçamento do Estado. Nestas declarações à Rádio Renascença, o economista reconhece ainda que o ministro das Finanças “tem revelado uma grande dificuldade de comunicação interna” e que uma crise política não ajudará o País.
No programa Terça à Noite, da Rádio Renascença, o economista e conselheiro de Estado, Vítor Bento, parafraseou o presidente do BPI para afirmar que o País e o Governo têm de resistir a um possível chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a algumas normas do Orçamento do Estado, designadamente o corte nas pensões e a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES).

“’Ai resiste, resiste’. Não tem outro remédio. O regime tem que ter a resiliência necessária para lidar com situações dessas [um eventual chumbo do TC]. 

E estou convencido que o regime tem essa resiliência”, considerou Vítor Bento, acrescentando que essa possibilidade “faz parte de um processo normal porque vivemos num Estado de direito, onde a Constituição é o pilar fundamental e que tem de ser respeitado”.

Questionado sobre se esse cenário pode provocar uma crise política, o conselheiro de Estado não vê por que razão. “Se o Governo não tiver alternativas tem que as procurar, tem que as arranjar. Nós temos que viver com todos os meios de execução que temos”, salienta.

Sobre o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e a uma possível remodelação no Governo, o economista admite que o governante “tem revelado uma grande dificuldade de comunicação interna, provavelmente, até a preferência dele é mais em comunicar perante o exterior, e tem sido muito eficaz nessa comunicação”.

Mas internamente, destaca Vítor Bento, “tem criado um certo hiato, até porque das acções do Governo de que ele é protagonista, a população é quem sofre as consequências e é natural que reaja emotivamente contra quem faz doer a ferida”.

No entanto, “só podemos fazer a avaliação devida passado algum tempo e em função dos resultados, depois deles sedimentados”. Neste caso particular, o conselheiro de Estado recorda o que aconteceu quando Ernâni Lopes tutelou a pasta das Finanças no Governo de Mário Soares, “hoje toda a gente acha que foi um tempo épico, mas esse não foi o juízo da altura”.

 N. M.


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