Karl Marx escreveu que: “Os filósofos
tentaram anteriormente explicar o mundo. A nossa tarefa é mudá-lo.”
Este incitamento à acção foi a chave para a
transformação de uma teoria social e económica do século XIX, num movimento de
massas do século XX.
A ideia de uma sociedade sem classes, na qual
a posse pública substitui os interesses privados, é comum, em certa medida, a
todas as formas de socialismo. Fundamental ao comunismo é a convicção de que o
processo é historicamente inevitável, que deve ser imposto na sua totalidade e
que a ditadura do proletariado é necessária para o alcançar.
Para os marxistas, a luta de classes é o
motor da mudança, que conduz a sociedade para a frente, da escravidão e do
feudalismo ao capitalismo e, por fim, ao comunismo.
Marx defendia que os sistemas existentes não
podiam ser reformados devido à força da reacção e aos interesses instalados;
era necessária uma revolução burguesa ou capitalista antes que o feudalismo
pudesse ser derrubado.
Por seu lado, a classe trabalhadora deverá
avançar através da destruição do capitalismo e da burguesia. Só então estaria
preparado o caminho para a posterior destruição do Estado já numa verdadeira
sociedade comunista e sem classes.
Outros socialistas basearam as suas campanhas
na moralidade e nas urnas eleitorais.
O comunismo teve sucesso porque, na sua forma
mais centralizada tal como foi projectada por Vladimir Lenine, não tolerava
qualquer oposição. Mas a sua flexibilidade e a sua falta de humanismo acabou,
finalmente, por o enfraquecer. Caiu, na sua forma leninista, na União soviética
porque deslizou para a veneração do partido do líder.
A Rússia foi o primeiro e, até 1945, único
sucesso do comunismo. Marx defendia que as perspectivas comunistas eram
melhores nos países industrializados desenvolvidos, onde a revolução burguesa
já ocorrera.
A Rússia estava atrasada; quatro em cada
cinco pessoas eram camponeses que desejavam possuir a sua própria terra. O
triunfo russo rasgou o livro das regras: o comunismo expandiu-se mais
rapidamente nos países pobres.
O partido bolchevique, disciplinado e
conduzido por Lenine – que se tornou num modelo para outros - quase não desempenhava qualquer papel nas questões
russas até que as perdas na frente, na Primeira Guerra Mundial, a escassez de
alimentos e a corrupção governamental produziram uma revolta espontânea em
1917.
Eram um partido marginal com interesse para
poucos, excepto a polícia secreta, que infiltrou com tanta facilidade ao ponto
de a liderança estar na prisão ou no exílio aundo a guarnição de Petrogrado se
recusou a abrir fogo sobre os grevistas e se amotinou em Março de 1917.
No espaço de uma semana, o czar tinha
abdicado e tinha sido criado umm governo moderado provisório comprometido com
uma democracia parlamentar.
O mundo actual, onde impera o capitalismo
selvagem, está necessitado de uma nova revolução social que dê aos povos o que
lhes pertence, pois como seres humanos devem ter direitos a uma vida melhor que
a que lhe proporcionam os actuais governos, que se limitam, quase
exclusivamente, a engendrar novas formas de retirar direitos aos cidadãos,
sobretudo o direito ao trabalho pela sua e dos seus sobrevivência.
O que só se conseguirá, talvez como então, através da revolta popular, que não se deve atrasar por muito mais tempo, devendo exigir a demissão dos actuais governantes que, afinal, se colocaram ao dispôr dos grandes capitalistas e contra os mais pobres e carentes.
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