Secretário-geral
do PS voltou a defender a moção de censura em Gaia. Seguro acusou Passos Coelho
de ser o único a não estar de acordo com a subida do salário mínimo.
António
José Seguro disse ter sido “em nome dos portugueses que passam sacrifícios” que
pediu a moção de censura
O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje, em
Gaia, que chegou o momento de os “verdadeiros patriotas” dizerem “não” a este
Governo e à sua estratégia, e defendeu a decisão de apresentar uma moção de censura.
“Não estamos na direcção e no caminho certo. Vivemos um momento
extraordinário, de enorme dramatismo social e económico, e neste momento os
verdadeiros patriotas têm que dizer não, não a esta estratégia e a este Governo
de empobrecimento e que conduz o país para uma situação de um beco sem saída”,
afirmou António José Seguro, durante a cerimónia de apresentação da candidatura
de Eduardo Vítor Gonçalves à presidência da Câmara de Gaia.
António
José Seguro disse ter sido “em nome dos portugueses que passam sacrifícios” que
afirmou ao primeiro-ministro, “olhos nos olhos, que o tempo dele chegou ao fim
e que o PS apresentaria uma moção de censura”.
“Somos
nós os irresponsáveis, aqueles que queremos mudar de caminho e construir uma
saída para a crise, com disciplina e rigor orçamental mas colocando o emprego e
o crescimento económico como prioridade, ou é irresponsável um
primeiro-ministro que há um ano e meio, violando as promessas eleitorais, tem
vindo a conduzir o país para o desastre, para o aumento do desemprego e pôr
Portugal numa espiral recessiva”, questionou.
“Irresponsáveis
seriamos nós se não apresentássemos agora esta moção de censura, porque
[durante] mais de um ano e meio fomos de uma enorme responsabilidade,
apresentámos propostas, avisámos, esgotámos todas as possibilidades”,
acrescentou.
Afirmando
que “os portugueses não podem aguentar mais”, o secretário-geral do PS referiu
que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, “reconheceu que algumas
das propostas [do PS] tinham sentido”, mas foi o primeiro-ministro que,
“passados cinco dias, foi ao parlamento rejeitar todas as propostas”.
“Não
digam que não há alternativa, há. Não digam que não há propostas, há”, vincou o
dirigente socialista.
Seguro
acusou “o ainda primeiro-ministro” de ser o único que “não está de acordo” com
a subida do salário mínimo nacional.
Reafirmou
ainda que o PS honrará perante os credores as responsabilidades assumidas pelo
país, mas acrescentou que Portugal “precisa de melhores condições para o seu
ajustamento”.
=Público=
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