Constança Cunha e Sá aponta «pressão
inaceitável» do primeiro-ministro sobre uma das principais instituições do país
No dia em que Pedro Passos Coelho disse que o
Tribunal Constitucional tem que ser «responsável» quando chegar a hora de
decidir sobre o Orçamento do Estado e responsável também sobre o impacto que
essa decisão vai ter para o país, Constança Cunha e Sá criticou o que considera
ser «uma pressão inaceitável» do primeiro-ministro, que acaba por lançar «o
descrédito sobre uma das instituições principais do país». A comentadora
considerou «gravíssimas» as declarações do chefe do Governo.
No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», na TVI24, Constança Cunha e Sá sublinhou que Pedro Passos Coelho «trata o Tribunal Constitucional como se aquilo fosse um grupinho de irresponsáveis, que tivesse que ser puxado à perna para lhe dizer: atenção, está aqui uma coisa importante e vocês, vejam lá, não decidam isto assim do pé para a mão, tenham cuidado e sejam responsáveis na decisão».
Para Constança Cunha e Sá, o primeiro-ministro vai ainda mais longe e responsabiliza o Tribunal Constitucional pelos efeitos que a decisão que vai tomar possa ter: «No fundo, o primeiro-ministro está aqui a dizer que, se algumas das normas do Orçamento forem chumbadas, as medidas adicionais que se terá que tomar não são da responsabilidade do Governo, que fez um Orçamento inconstitucional, mas sim da responsabilidade do Tribunal Constitucional, que se limitou a declarar a inconstitucionalidade das normas do Orçamento. Ora isto é surrealista, porque é evidente que a responsabilidade é do Governo».
A comentadora concluiu que «isto não é forma de lidar com o país». «Isto demonstra uma enorme falta de respeito pelas instituições, que é um dos grandes perigos que existe em Portugal: o descrédito das instituições. E quando nós vemos um primeiro-ministro lançar este descrédito sobre uma das instituições principais do país, algo corre muito mal no interior do Governo», rematou.
No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», na TVI24, Constança Cunha e Sá sublinhou que Pedro Passos Coelho «trata o Tribunal Constitucional como se aquilo fosse um grupinho de irresponsáveis, que tivesse que ser puxado à perna para lhe dizer: atenção, está aqui uma coisa importante e vocês, vejam lá, não decidam isto assim do pé para a mão, tenham cuidado e sejam responsáveis na decisão».
Para Constança Cunha e Sá, o primeiro-ministro vai ainda mais longe e responsabiliza o Tribunal Constitucional pelos efeitos que a decisão que vai tomar possa ter: «No fundo, o primeiro-ministro está aqui a dizer que, se algumas das normas do Orçamento forem chumbadas, as medidas adicionais que se terá que tomar não são da responsabilidade do Governo, que fez um Orçamento inconstitucional, mas sim da responsabilidade do Tribunal Constitucional, que se limitou a declarar a inconstitucionalidade das normas do Orçamento. Ora isto é surrealista, porque é evidente que a responsabilidade é do Governo».
A comentadora concluiu que «isto não é forma de lidar com o país». «Isto demonstra uma enorme falta de respeito pelas instituições, que é um dos grandes perigos que existe em Portugal: o descrédito das instituições. E quando nós vemos um primeiro-ministro lançar este descrédito sobre uma das instituições principais do país, algo corre muito mal no interior do Governo», rematou.
=TVI24=
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