Nascem cada vez
menos bebés em Portugal e só nos últimos três anos registaram-se menos 11 mil
nascimentos nos hospitais públicos. Em 2010, houve mais de 83 mil partos nos
hospitais e maternidades do Serviço Nacional de Saúde; em 2012, foram
realizados 72 089 partos.
O Alentejo é a
região do País com o menor número de nascimentos, mas de 2011 para 2012
verificou-se um aumento: passou de 2980 para 3037. No ano passado, a Unidade
Local de Saúde de Castelo Branco foi a que registou menos partos: 419.
Já a região de Lisboa e Vale do
Tejo, nomeadamente no Centro Hospitalar de Lisboa Central, é onde há mais
nascimentos, apesar do decréscimo nos últimos anos: em 2012 foram 4636 partos
no CHLC (a que pertence a Maternidade Alfredo da Costa), menos 2690 do que em
2010. Com a crise, as famílias pensam duas vezes antes de ter filhos. Para a
Associação para o Planeamento da Família (APF), a diminuição de nascimentos
deve-se à "falta de apoios".
"A natalidade teve uma queda
muito acentuada e abrupta. A viver na incerteza, as famílias não têm vontade de
ter filhos, pois não há incentivos nenhuns. Não existem apoios do Estado.
Faltam incentivos sérios para as famílias", explicou ao CM Duarte Vilar,
sociólogo e diretor executivo da APF. Também a favor de medidas de apoio à natalidade
está a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas que critica a penalização do
Governo para com as famílias. "Há 60 mil nascimentos a menos do que o
necessário. É uma situação grave. Não há incentivos, pelo contrário, há
penalização. Um nascimento significa a perda do nível de qualidade de vida da
família. No mínimo, era acabar com as políticas de penalização", salientou
ao CM Fernando Ribeiro e Castro, presidente da APFN.
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