Uma das coisas que se aprende na infância é
que pensar exige esforço e que, quanto mais complexa for a questão, mais
energia o cérebro precisa.
Há muitas provas de que a aprendizagem
implica alterações no cérebro, mas por enquanto os cientistas apenas as
conhecem vagamente.
Sabe-se, contudo, que essas alterações que
ocorrem no decurso do pensamento e da aprendizagem requerem quantidades de
energia relativamente grandes.
Embora o cérebro humano represente menos de
2% do peso total do corpo adulto, consome a parte de leão da sua energia: um
quinto do suprimento total de sangue e oxigénio do organismo é destinado à
manutenção do cérebro.
Durante milhares de anos, tudo o que podia
saber-se acerca do pensamento tinha de ser deduzido dos seus resultados. De uma
nota elevada num teste os investigadores podiam deduzir que houvera importante
actividade de pensamento - enqunto um
zero sugeria o contrário.
Recentemente, os cientistas têm conseguido “observar”
o pensamento mais directamente. Um dos métodos implica a colocação de
eléctrodos no couro cabeludo de um voluntário e anotar as alterações da
actividade eléctrica que ocorrem quando a atenção da pessoa é despertada por
uma imagem, um som ou outro estímulo sensorial.
Como o estímulo provoca uma reacção que
origina uma alteração na voltagem (diferença de potencial) entre os eléctrodos
do crânio, este método de observação da actividade cerebral tem a designação de
potenciais evocados.
A partir dele, os cientistas ficaram a saber
que o primeiro passo do pensamento – a percepção – desencadeia alterações
eléctricas no cérebro e que estas alterações variam com o tipo de intensidade
do estímulo.
Que significa saber?
Uma definição correcta de saber uma coisa, é
tê-la armazenada na memória. Sabemos o alfabeto ou conhecemos as causas da
Revolução Francesa ou as bases da álgebra, ou as datas das dinastias.
Neste sentido, o saber é o final de uma
cadeia que começa na percepção (através dos sentidos), continua no processo de
pensamento (pelo qual o cérebro converte os acontecimentos externos em imagens
e símbolos, tais como as palavras) e termina na memória (que armazena a
informação para utilização futura).
O conhecimento, no entanto, não consiste
apenas num resultado final, mas também no processo do pensamento do “saber como”.
E, como eu, penso que muitos portugueses
gostariam de saber como, e também porquê, por despacho do primeiro-ministro foi
nomeado para a presidência do Concelho de Ministros o “espião” que veio de
longe, embora de Portugal.
É que há coisaas que não se sabem e, se esta
é uma delas, penso que nenhum português deveria “morrer na ignorância”, mas
saber exactamente todos os porquês de tão grande reviravolta. Será que o tal
espião sabia demais sobre determinadas coisas ou pessoas?
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