Movimento
associativo alerta para os “mais de 1500 estudantes” a quem são recusadas
bolsas de estudo por causa de dívidas tributárias ou contributivas de
familiares.
A exigência foi feita por uma comissão do Movimento Associativo
do Ensino Superior, composta por 13 associações de estudantes de todo o
país. Os alunos defendem que “há mais futuro e há mais país além da crise”.
Num
comunicado, a comissão alerta para os “mais de 1500 estudantes” a quem são
recusadas bolsas de estudo por causa de dívidas tributárias ou contributivas de
familiares, situação que considera ser “inaceitável”.
"A
educação é o maior investimento que o país pode fazer no seu futuro.
Continuamos a investir menos do que a maioria dos países da União Europeia no
ensino superior, temos uma das propinas mais elevadas da Europa, um sistema da
acção social escolar obsoleto e ineficaz e a realidade do abandono escolar, do
desemprego jovem e da emigração", lamentam os estudantes.
O
movimento acredita que “uma solução é possível sem uma ruptura política, mas
faz saber que essa posição poderá ser alterada. “A constante e inexplicável
falta de resposta e diálogo por parte da tutela” estão a fazer com que os
estudantes comecem a pensar em mudar de opinião, “porque o silêncio
empurra para a rua quem, apesar de tudo, ainda está disponível para o diálogo”.
Ultimamente,
os estudantes têm subido o tom dos protestos, organizando diversas
manifestações contra as políticas para o ensino superior.
A
posição do Movimento Associativo do Ensino Superior foi conhecida no
domingo, Dia do Estudante, que assinala os 51 anos da Crise Académica de 1962.
Um dia que serviu para "lembrar que a educação, os estudantes e os jovens
importam e são decisivos para construir o Portugal de amanhã."
=Público=
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