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domingo, 24 de março de 2013

«A ESCOLHA DO EMPREGO CERTO»


Depende muito do tipo de trabalho, do indivíduo e da sua atitude perante a vida. As circunstâncias e os valores instilados pela família parecem constituir – mais que o trabalho enquanto adolescentes, empregos em  tempo parcial ou durante as férias – os factores decisivos do comportamento futuro dos jovens nas suas profissões de adulto.

Há pessoas que decidem muito jovens o que querem fazer na vida, cumprindo em seguida um percurso escolar preestabelecido e praticando desde cedo a actividade escolhida. Muitas vezes, no entanto, agarra-se o melhor emprego que aparece na altura, e isso vai determinar toda uma vida de trabalho numa área específica.

O primeiro emprego depende do local onde o jovem habita, das actividades económicas aí dominantes e das vagas disponíveis. O sexo é também factor influente, pois homens e mulheres são desigualmente atraídos para determinados empregos. A situação económica tem igualmente o seu papel: numa comunidade pobre, os empregos são escassos e o jovem pode ver-se obrigado a tornar mais modestos os seus objectivos.

Finalmente, é importante quem se conhece e o que se conhece. Muitas vezes, consegue-se emprego através de um amigo, parente ou outra pessoa, como um professor que queira ajudar-nos. Contudo, dada a exigência de habilitações escolares mínimas em muitos tipos de emprego – e de cursos universitários em muitas áreas profissionais e técnicas – uma boa formação académica pode ser o bilhete de entrada num bom emprego.

Não existe, provavelmente, um emprego “certo” para ninguém. Dos 20 mil tipos de ocupações que se calcula existirem na sociedade moderna, há provavelmente centenas que um indivíduo pode executar bem e achar satisfatórios.

A sorte – e também os conhecimentos – é sempre um factor importante na ocorrência de uma boa vaga na altura certa, mas os orientadores vocacionais acreditam que o indivíduo pode aumentar as suas probabilidades de sucesso profissional se analisar as suas ambições, interesses e aptidões.

Para algumas pessoas, o objectivo é ganhar muito dinheiro, enquanto para outras é prioritário o facto de tirarem prazer do seu trabalho ou de não se arriscarem a ser despedidas. Os interesses pessoais podem orientar a pessoa para uma profissão de que goste e que a estimule.

Quando entram para o primeiro emprego, as pessoas sentem, por vezes, o chamado “choque da realidade” ao aperceberem-se de que trabalhar é mais duro e exigente do que se esperava, deixando pouco tempo para divertimentos e lazer.

Os jovens trabalhadores podem igualmente sentir-se insatisfeitos porque raramente lhes é concedido poder de decisão nos meses, ou mesmo anos que se seguem à sua admissão.

As ocupações de assistência pública, como a enfermagem ou o serviço social, podem trazer desilusões, pois o trabalho pode não se revelar moralmente tão compensador quanto se esperava, ou os esforços de quem trabalha podem não ser devidamente apreciados.

Em face destes desapontamentos, alguns jovens trabalhadores procuram empregos mais compatíveis com as suas motivações.

Mas,  na sua maioria, acabam por assentar antes dos 30 anos, procurando avançar nas suas carreiras, mas mantendo-se no mesmo emprego.

Infelizmente, esta adaptação pode ser uma atitude de compromisso e ter como preço uma perda de idealismo e de empenhamento, sobretudo nos dias de hoje em que conseguir “o emprego certo” se tornou praticamente impossível, devido às políticas que praticamente têm uma única vertente, a economia e as finanças, e quem puder que se arranje e consiga uma boa cunha, pois a ordem é a de despedir, despedir… e, despedir!

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