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sábado, 30 de março de 2013

«À PROCURA DA IMAGEM IDEAL»


É evidente que os atractivos físicos afectam a personalidade. Naturalmente, a ideia daquilo que torna uma pessoa atraente tem mudado ao longo dos tempos e através das culturas. O ideal actual de beleza no Ocidente, por exemplo, é ser-se magro, atlético e queimado do sol.

Mas nem sempre foi assim, nem assim será provavelmente no futuro. Contudo, dentro da mesma cultura e na mesma época, a maioria das pessoas está de acordo sobre quais os indivíduos que são mais ou menos atraentes; e a maior parte pensa igualmente que uma pessoa com aspecto físico agradável tende a ser confiante e socialmente  apta.

E, até certa medida, estas noções parecem correctas. Sem dúvida que a explicação reside, em parte, no facto de que uma pessoa que é tratada como atraente desenvolveu mais autoconfiança nos seus contactos com os outros.

Contrariamente, aquele que é menos atraente poucas vezes terá experimentado este tipo de promoção do seu “eu” nas relações sociais.

O tratamento diferencial baseado na aparência parece começar muito cedo na vida. Em determinada experiência, mostraram-se a mulheres filmes de crianças, umas bonitas, outras feias,  portando-se mal. Elas acharam que o mau comportamento das bonitas era passageiro, mas consideraram que as feias tinham sérios problemas comportamentais.

Ora, para muitas pessoas, comer significa mais que satisfazer a fome – pode significar, inconscientemente, satisfazer carências de afecto e aprovação. Parecem achar que a comida é um prémio, especialmente se os  pais a utilizavam como tal, se ela lhes era retirada como castigo por mau comportamento.

Nos casos extremos, estes sentimentos podem conduzir a distúrbios alimentares graves.

As vítimas de anorexia nervosa fazem dieta até à desnutrição, insistindo que estão muito gordas mesmo quando já estão a definhar.

A doença não é nova, mas muitos médicos justificam a sua prevalência crescente na ênfase dada pela sociedade à valorização do magro e do esbelto – ideal estético actual, representado, por exemplo, pelos manequins.

Mas porque razão apenas certas pessoas são vulneráveis? Embora sejam incertos os factores pessoais que predispõem para a anorexia, apontam-se alterações muito precoces no desenvolvimento e na relação mãe-filho; a hipótese de alterações bioquímicas e fisiológicas de base continua em estudo.

Outro distúrbio alimentar é a bulimia, que se traduz na ingestão de alimentos em demasia, de forma incontrolável e irregular.

O doente típico não tem excesso de peso, parece ser expansivo e ter sucesso na vida. Mas paga um preço pela sua aparência; muitas sessões secretas de comida, em que podem ser ingeridos quilos de alimentos de cada vez, são seguidas de purgas por meio de laxativos ou vómitos.

Após os episódios bulímicos, o doente sente-se culpado e deprimido. A maioria dos anorécticos e bulímicos são mulheres, mas também os homens podem sofrer destas doenças – frequentemente levados por uma ambição exagerada de boa forma física ou bons resultados atléticos.

Embora, por vezes, muito difíceis de tratar, os distúrbios alimentares podem ser evitados.

«Podemos ajudar os jovens a sentirem-se bem consigo mesmos e a aceitarem os seus corpos. Podia ser valiosa uma mudança de atitudes da nossa sociedade em relação á comida, ao peso e à forma do corpo», e com a ajuda do actual governo, tudo isso só não o consegue não o querendo. Não é verdade, senhor Pedro? Não é verdade, senhor Silva?

É que, como comem tudo e conseguem manter a linha…

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