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sábado, 9 de março de 2013

Troika em Portugal mais dois dias é «sinal positivo»


Garantia do ministro da Defesa, Aguiar-Branco
O ministro da Defesa considerou esta sexta-feira «um sinal positivo» a permanência da troika em Portugal durante mais dois dias, para a sétima revisão do programa de assistência financeira.

«É sinal que toda esta avaliação é feita com rigor, com cuidado», afirmou José Pedro Aguiar-Branco, à margem de um jantar de mulheres sociais-democratas, a decorrer na Maia.

O ministro reagia assim à notícia de que a sétima revisão do programa português se vai prolongar pelo menos pelo fim de semana, apesar de a partida dos membros da troika ter estado prevista para hoje.

Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que sugeriu que descer o salário mínimo potenciaria o emprego, o Aguiar-Branco frisou que Portugal não está «em condições de, neste momento, fazer esse aumento do salário mínimo nacional».

«Mas estamos empenhados em criar as condições para que a nossa economia retome o crescimento, retome as condições para que, por via desse crescimento, haja mais emprego e haja mais perspetivas de futuro», acrescentou.

O governante sublinhou que o Governo irá «prosseguir com a sua linha de atuação», uma vez que essa «está a dar os seus frutos», ao permitir um «ganho de confiança» por parte dos credores internacionais, a possibilidade de financiamento de mercado e, consequentemente, o crescimento da economia «mais cedo».

«Se a economia começar a crescer mais cedo podemos ter as empresas a trabalhar melhor e se estiverem a trabalhar melhor, vamos ter mais emprego. É esta a linha que o Governo mantém e prossegue», disse.

Para Aguiar-Branco, «os portugueses podem estar neste momento com uma expectativa positiva em relação àquilo que é o próximo futuro».

«O que é importante ter consciência é que o Governo faz tudo para criar as melhores condições para que aqueles que são os mais desprotegidos da nossa sociedade possam vir a encontrar condições de realização, quer profissional, quer no que diz respeito às suas condições de vida e de bem estar», salientou.

Questionado sobre se teme alguma revolta militar, num momento em que sucedem manifestações de descontentamento em Portugal pelas políticas de austeridade, o ministro da Defesa respondeu não ter medo «absolutamente nenhum».

«A nossa democracia está consolidada, a nossa estrutura democrática está consolidada, o poder é hoje o poder soberano do povo português, expresso livremente em eleições e as Forças Armadas têm e sabem o papel que desempenham no Estado de direito democrático, que é um papel subordinado ao poder político», sustentou.

=TVI 24=

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