Um dos dirigentes do movimento ‘Que se lixe a
troika’, Marco Marques, responde na antena da rádio TSF ao primeiro-ministro
que, durante o debate quinzenal, afirmou que não governa “em função das
manifestações nem dos protestos”. Marco Marques avisa o chefe de Governo que a
manifestação do passado sábado, que “teve uma dimensão colossal”, foi um
“sinal” dado pelo “povo” português e mal compreendido por Passos Coelho.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou
ontem (quarta-feira) na Assembleia da República, durante o debate quinzenal,
que não governa “em função das manifestações nem dos protestos”, sublinhando
que “no dia em que qualquer governante tiver de decidir em função desses
critérios, demite-se da sua grande responsabilidade e não está à altura do
lugar que desempenha”.
Contactado pela rádio TSF, Marco Marques, do movimento ‘Que se
Lixe a Troika’, não se mostrou surpreendido com as declarações do
primeiro-ministro, justificando que “à partida já sabemos que estamos a lidar
com um Governo completamente fanático, que admite que tem um caminho e nada o
fará mudar”.
Mas,
salientou Marco Marques, “no sábado (dia 2 de Março) tivemos uma manifestação
de uma dimensão colossal, superior ao 15 de Setembro, ou seja, não foi apenas
uma manifestação foi o povo todo que saiu à rua”.
“Isto
deveria ser um sinal, mas foi mal compreendido por Pedro Passos Coelho”,
afirmou o organizador do protesto, lembrando que isto não aconteceu a 15 de
Setembro, quando a igualmente grande manifestação levou o primeiro-ministro “a
recuar na medida da Taxa Social Única (TSU)”.
E
agora? O que se segue? Marco Marques defendeu que “os protestos para esta
manifestação [do passado sábado] generalizaram-se e foram apropriados por toda
a sociedade. A questão da ‘Grândola’, por exemplo. Foram convocadas imensas
‘Grândolas’ por todo o País”.
Por
isso, “pensamos que com esta atitude do Governo, os protestos não vão parar. As
pessoas perceberem que para haver uma paragem destas políticas (…) a única
forma que pode haver é a continuação dos protestos, é continuar a sair à rua
diariamente para nos fazermos ouvir”.
N. M.
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