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quinta-feira, 7 de março de 2013

'Que se Lixe a Troika': Passos ignorou sinal dos portugueses


Um dos dirigentes do movimento ‘Que se lixe a troika’, Marco Marques, responde na antena da rádio TSF ao primeiro-ministro que, durante o debate quinzenal, afirmou que não governa “em função das manifestações nem dos protestos”. Marco Marques avisa o chefe de Governo que a manifestação do passado sábado, que “teve uma dimensão colossal”, foi um “sinal” dado pelo “povo” português e mal compreendido por Passos Coelho.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou ontem (quarta-feira) na Assembleia da República, durante o debate quinzenal, que não governa “em função das manifestações nem dos protestos”, sublinhando que “no dia em que qualquer governante tiver de decidir em função desses critérios, demite-se da sua grande responsabilidade e não está à altura do lugar que desempenha”.

Contactado pela rádio TSF, Marco Marques, do movimento ‘Que se Lixe a Troika’, não se mostrou surpreendido com as declarações do primeiro-ministro, justificando que “à partida já sabemos que estamos a lidar com um Governo completamente fanático, que admite que tem um caminho e nada o fará mudar”.

Mas, salientou Marco Marques, “no sábado (dia 2 de Março) tivemos uma manifestação de uma dimensão colossal, superior ao 15 de Setembro, ou seja, não foi apenas uma manifestação foi o povo todo que saiu à rua”.

“Isto deveria ser um sinal, mas foi mal compreendido por Pedro Passos Coelho”, afirmou o organizador do protesto, lembrando que isto não aconteceu a 15 de Setembro, quando a igualmente grande manifestação levou o primeiro-ministro “a recuar na medida da Taxa Social Única (TSU)”.

E agora? O que se segue? Marco Marques defendeu que “os protestos para esta manifestação [do passado sábado] generalizaram-se e foram apropriados por toda a sociedade. A questão da ‘Grândola’, por exemplo. Foram convocadas imensas ‘Grândolas’ por todo o País”.

Por isso, “pensamos que com esta atitude do Governo, os protestos não vão parar. As pessoas perceberem que para haver uma paragem destas políticas (…) a única forma que pode haver é a continuação dos protestos, é continuar a sair à rua diariamente para nos fazermos ouvir”.

N. M.

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