Os militares vão entregar uma carta de
contestação ao primeiro-ministro Passos Coelho e vão voltar a sair para a rua
no próximo dia 20, em protesto contra a reestruturação das Forças Armadas.
O
presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, adiantou há à TSF
que na carta dirigida a Passos Coelho, os militares manifestam receio de que o
futuro das Forças Armadas esteja em causa.
“Desarticular as Forças Armadas não é o caminho.
Levar os
militares à falta de condições para o exercício da sua missão não é o caminho
para continuarmos a servir o povo português de acordo com o nosso compromisso e
Constituição”, disse Lima Coelho, acrescentando que existe o risco de se
colocar em causa “a capacidade de responder a todas as exigências do povo
português muito além dos compromissos com as alianças internacionais”.
O
presidente da Associação Nacional de Sargentos explica que os militares
decidirem recorrer a Passos na ausência de respostas do ministro da Defesa,
Aguiar-Branco.
“O senhor ministro da Defesa, não cumprindo todos os preceitos que
a Lei o obriga, vemo-nos na obrigação de ir para o senhor primeiro-ministro,
uma vez que todas as questões fundamentais para os militares estão em análise,
e, de acordo com a lei, as associações profissionais têm o direito de serem
ouvidas nas matérias específicas das áreas dos seus associados”, afirmou à TSF.
O
protesto dos militares, agendado para o próximo dia 20, foi acertado no
encontro que ontem juntou militares na reserva e as três associações
representativas dos militares.
N. M.
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